Embaixada dos EUA em Moçambique aconselha cidadãos a deixarem distrito
Desde maio, supostos militantes islâmicos decapitaram 10 pessoas e mataram sete no distrito de Palma, perto de um dos maiores campos de gás natural do mundo
A embaixada dos Estados Unidos em Moçambique aconselhou os cidadãos americanos a deixar o distrito de Palma, no nordeste do país, após ameaças de ataques iminentes. Desde maio, suspeitos de pertencer a organizações de militantes islâmicos decapitaram 10 pessoas e mataram outras sete na região, que fica próxima a um dos maiores campos de gás natural inexplorado do mundo.
Qualquer sinal de atividade militante é uma preocupação para a indústria que atua na região, próxima à fronteira com a Tanzânia. “Nós aconselhamos fortemente cidadãos americanos na capital do distrito de Palma a considerarem deixar a área imediatamente”, informou a embaixada americana em seu site.
Mais de 30 bilhões de dólares devem ser investidos no setor de gás natural de Moçambique com o objetivo de produzir 20 milhões de toneladas ao ano de gás natural liquefeito. As primeiras exportações dos campos, descobertos há sete anos, devem começar após 2021.
A empresa Anadarko Petroleum, que ficará responsável por explorar os recursos, busca atrair, ainda, um investimento de até 15 bilhões de dólares de bancos e agências de crédito destinados à exportação, disseram fontes próximas ao assunto em maio.
“Nós levamos muito a sério qualquer possível ameaça à segurança de nossos funcionários e continuamos monitorando de perto a situação na área de Palma”, informou a Anadarko.
A companhia se negou a comentar relatos de que havia suspendido operação em seu grande projeto de gás natural liquefeito no país. O site da Interfax Global Energy, citando fontes locais, informou que ataques militantes haviam feito com que operações na instalação de gás em Palma fossem suspensas.
(Com Reuters)