Em vitória de Biden, Congresso dos EUA aprova pacote fiscal de US$ 1,9 tri
Proposta já havia sido aprovada pelo Senado no sábado e voltou à Câmara por conta de modificações; Presidente deve ratificá-la já na sexta-feira
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 10, o pacote de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto pelo presidente Joe Biden para amenizar a crise provocada pela pandemia de Covid-19. O plano, que representa a primeira grande vitória dos democratas desde o triunfo eleitoral, também tem objetivo de colocar o país na direção da redução da desigualdade, uma das mais altas entre os países ricos.
A proposta, que já havia sido aprovada pelo Senado no sábado, voltou à Câmara por conta de modificações feitas e, agora, segue para sanção de Biden, abrindo caminho para a maior injeção de dinheiro federal desde a Grande Depressão, em 1929. É esperado que o presidente assine a lei já na sexta-feira.
O resultado da votação foi de 220 votos a favor, todos democratas, e 211 contra, todos republicanos, com exceção de um democrata, Jared Golden, do Maine.
A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, considerou o pacote “uma das leis mais decisivas e transformadoras” com “tremendas consequências” para os americanos.
A votação foi o culminar de um golpe rápido de Biden e dos democratas, que agora detêm o controle do Congresso e da Casa Branca, para lidar com os percalços da pandemia e começar a colocar em prática sua agenda econômica mais ampla. Isso inclui uma série de medidas que têm como objetivo diminuir a pobreza em um terço e potencialmente acabar com a miséria infantil pela metade, incluindo expansões de taxação de créditos, auxílio alimentar e assistência hipotecária.
“Com o golpe de uma caneta, o presidente Biden irá tirar milhões e milhões de crianças da pobreza nesse país. É tempo de fazer um grande investimento na saúde e na segurança do povo americano”, disse Rosa DeLauro, deputada democrata do estado de Connecticut.
O projeto de lei inclui novos pagamentos diretos de US$ 1.400 a pessoas com renda inferior a US$ 75.000 ao ano, quantia superior aos depósitos de US$ 600 e US$ 1.200 dos pacotes anteriores.
A iniciativa amplia até o começo de setembro o auxílio a desempregados, com US$ 300 semanais, já que o atual expira em 14 de março, data limite estabelecida para a Casa Branca e os congressistas democratas terem finalizado o projeto.
O pacote ainda destina US$ 350 bilhões para governos locais e estaduais, US$ 170 bilhões para a reabertura de escolas, US$ 14 bilhões para fortalecer o plano de vacinação e outros US$ 46 bilhões para o sistema de exames de coronavírus.
O resgate impulsionado por Biden se juntará ao plano de US$ 900 bilhões que o Congresso aprovou em dezembro e ao de US$ 2,2 bilhões, até então o maior da história do país, de março de 2020, sob a presidência do republicano Donald Trump.
Os pagamentos e isenções fiscais devem ter impacto direto sobre a população mais pobre e, por consequência, vulnerável. Segundo o Centro de Estudos sobre Pobreza e Política Social da Universidade Columbia, 13 milhões de americanos deixarão a pobreza. Outro estudo, do Instituto de Tributação e Política Econômica, aponta que a faixa dos 20% dos americanos mais pobres terá uma elevação de renda de 33%.
Enquanto os republicanos argumentavam que o pacote de medidas era inchado e inacessível, pesquisas indicavam que há uma ampla aceitação social. De acordo com o levantamento divulgado pelo grupo americano Pew Research Center, 70% dos americanos são a favor do estímulo.
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