Em Varsóvia, Joe Biden dirá que ‘mundo livre’ é contra invasão da Ucrânia
Presidentes dos EUA e da Polônia se reunião a portas fechadas para discutir como armar o governo ucraniano com aviões de guerra e outras garantias
Em viagem à Polônia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dirá em um discurso neste sábado, 26, em Varsóvia, que o “mundo livre” se opõe à invasão da Ucrânia pela Rússia e que há unidade entre as principais economias sobre a necessidade de deter o presidente Vladimir Putin. Segundo a Casa Branca, Biden se reunirá novamente com o presidente polonês, Andrzej Duda.
Após três dias de reuniões com aliados do G7, Conselho Europeu e Otan, Biden e Duda se reunirão a portas fechadas e devem discutir como armar a Ucrânia com aviões de guerra e outras garantias de segurança. Para evitar um conflito direto com a Rússia, o governo dos EUA rejeitou uma oferta da Polônia de transferir caças MiG-29 para uma base americana na Alemanha.
Agora, a Polônia quer acelerar a compra de mísseis Patriot fabricados nos EUA, caças F35 e tanques para sua própria segurança e buscar garantias sobre os compromissos da Otan de defender seus membros. “Acima de tudo, queremos a garantia inabalável que os Estados Unidos oferecem no âmbito da aliança”, disse na sexta-feira o chefe do Departamento de Segurança Nacional, Pawel Soloch. “Especialmente aqui, para a Polônia e os países da região.” Na manhã deste sábado, o presidente Joe Biden se encontrou com os ministros ucranianos de Relações Exteriores e da Defesa e visitou o estádio nacional de Varsóvia para se encontrar com refugiados da guerra na Ucrânia.
Zelensky pede ‘seriedade’
Na sexta-feira à noite, no seu já tradicional pronunciamento em vídeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu seriedade nas conversas para acabar com a guerra. Ele reiterou os termos da Ucrânia, incluindo soberania e integridade territorial, e destacou que as condições devem ser “justas”. “As forças armadas continuam a repelir os ataques inimigos, no sul do país, em Donbas, na direção de Kharkiv e na região de Kiev”, disse ele. “Ao restringir as ações da Rússia, nossos defensores estão levando a liderança russa a uma ideia simples e lógica: conversar é necessário. Significativo, urgente, justo.”