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Netanyahu se reuniu em segredo com Bin Salman, diz imprensa israelense

Primeiro-ministro e príncipe herdeiro saudita teriam discutido normalização de relações entre países, mas nenhum acordo foi fechado

Por Da Redação
Atualizado em 23 nov 2020, 12h09 - Publicado em 23 nov 2020, 11h48

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajou em segredo no domingo 22 à Arábia Saudita, onde se reuniu com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e, pela primeira vez, com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, segundo a emissora israelense Kan.

De acordo com a rede, que cita funcionários do governo israelense, que falaram sob anonimato, Netanyahu viajou acompanhado de Yossi Coheh, diretor do Mossad, o serviço de inteligência de Israel, em um avião emprestado por um empresário. Outros veículos da imprensa do país, como o Jerusalem Post e o jornal Haaretz também confirmaram a visita, que durou apenas algumas horas.

O gabinete de Netanyahu ainda não se manifestou, enquanto o governo saudita nega que o primeiro-ministro israelense tenha participado da reunião com Pompeo e com o príncipe herdeiro, conhecido pela sigla MBS.

“Essa reunião não ocorreu”, disse no Twitter o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, o principe Faisal bin Farhan. “Os únicos oficiais presentes eram americanos e sauditas”, afirmou.

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Segundo o The Wall Street Journal, que citou fontes do governo da Arábia Saudita, Netanyahu e MBS discutiram sobre o Irã e a normalização de relações diplomáticas. No entanto, o encontro saiu infrutífero e nenhum acordo foi assinado.

Incentivados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bahrein e Emirados Árabes Unidos já assinaram os Acordos de Abraão com o objetivo de estabelecer estabelecer relações diplomáticas com Israel. Segundo a Casa Branca, mais países árabes estariam no acordo. Em agosto, Netanyahu chegou a anunciar que Israel mantém conversas secretas com múltiplos Estados árabes.

A Arábia Saudita, por enquanto, segue a posição da Liga Árabe de não estabelecer vínculos com Israel até uma solução para o conflito com os palestinos envolvendo as fronteiras de 1967, além de assentamentos israelenses fora de seu território, vistos como ilegais por grande parte da comunidade internacional.

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Um dos requisitos para os dois países do golfo assinassem o acordo foi o descarte por parte de Tel Aviv do Plano do Século de Trump, elaborado sem a presença palestina e que estabeleceria um estado para o povo árabe sem direito a demandas históricas.

Agora, analistas israelenses questionam se durante um governo do presidente eleito dos EUA, o democrata Joe Biden, novos acordos continuarão sendo anunciados, com foco especial na Arábia Saudita.

A administração Trump não deu grande importância aos direitos humanos em sua diplomacia internacional e sempre demonstrou cautela no momento de criticar a situação na Arábia Saudita, em particular após o assassinato por agentes sauditas do jornalista Jamal Khashoggi, um crítico das autoridades do reino.

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Muitos analistas acreditam que a administração Biden, que receberá muitas pressões, em especial da ala mais progressista do Partido Democrata, se veria em uma situação incômoda se estimulasse um pacto israelense-saudita sem uma reforma dos direitos humanos no país.

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