Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Em primeiro discurso após prisão, Assange diz que foi declarado ‘culpado de jornalismo’

Ao Conselho da Europa, fundador do WikiLeaks disse que teve de escolher pela 'liberdade em vez de uma justiça irrealizável'

Por Paula Freitas 1 out 2024, 14h41

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou nesta terça-feira, 1, que está livre por ter se declarado “culpado de jornalismo”, em referência ao caso de divulgação de documentos sigilosos do governo dos Estados Unidos. Em seu primeiro discurso desde que foi libertado de uma prisão no Reino Unido, e junho deste ano, ele disse ao Comitê de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos do Conselho da Europa que teve de escolher pela “liberdade em vez de uma justiça irrealizável”.

“Estou livre hoje, depois de anos de prisão, porque me declarei culpado de jornalismo, me declarei culpado de buscar informações de uma fonte, me declarei culpado de obter informações de uma fonte e me declarei culpado de informar ao público quais eram essas informações”, declarou Assange, depois de se desculpar por não estar “totalmente preparado” para falar sobre o que vivenciou na prisão.

Ele apontou também que foi “formalmente condenado por uma potência estrangeira por pedir para receber e publicar informações verdadeiras sobre essa potência, enquanto estava na Europa” e que “jornalistas não devem ser processados ​​por fazerem seu trabalho”, o que definiu como uma “questão fundamental simples”.

O ativista se declarou culpado de conspiração para obter e divulgar informações confidenciais e foi condenado a uma sentença de 62 meses — que é igual ao tempo que ele já cumpriu no Reino Unido enquanto lutava contra a extradição para os EUA. O período foi contabilizado e, assim, foi oficialmente libertado e retornou à Austrália, seu país natal.

Continua após a publicidade

+ Livre, Julian Assange chega à Austrália após acordo judicial com EUA

Entenda o caso

Assange e o WikiLeaks se tornaram famosos em 2010 com a publicação de quase 700 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais que deixaram os EUA em uma situação difícil. As revelações no site expuseram crimes de guerra dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, arquivos sobre detenções extrajudiciais na prisão de Guantánamo, comandada pelos EUA em uma ilha em Cuba, e telegramas diplomáticos que revelaram abusos de direitos humanos em todo o mundo.

O Departamento de Justiça americano definiu a divulgação indevida como “um dos maiores comprometimentos de informações confidenciais na história dos Estados Unidos”. As revelações deixaram Washington em uma saia justa, mas Assange não foi detido imediatamente. Em 2012, o jornalista pediu asilo à Embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu até 2019, quando diplomatas permitiram a sua prisão em razão do seu mau comportamento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.