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Em posse, Duque indica continuidade das negociações com a ELN

Novo presidente da Colômbia vai alterar acordo com as Farc e continuar o processo de pacificação do país; plano anticorrupção foi entregue hoje ao Congresso

Por Da Redação
Atualizado em 7 ago 2018, 21h15 - Publicado em 7 ago 2018, 20h41

O presidente da Colômbia, Iván Duque, tomou posse nesta terça-feira (7) com a promessa de retomar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN) somente se esse o grupo guerrilheiro parar com todas as suas ‘ações criminosas”. Duque afirmou que vai rever o processo de 17 meses de negociações com a guerrilha conduzidas por seu antecessor, Juan Manuel Santos, ao longo de seus primeiros 30 dias de governo.

“Mas quero deixar claro que um processo crível deve estar cimentado no fim das ações criminosas, com estrita supervisão internacional e tempos definidos”, avisou, em seu discurso no Congresso.

A pacificação da Colômbia é um desafio que Santos não conseguiu completar em oito anos de governo. Um acordo de paz com a ELN e uma solução para os dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que continuam suas ações violentas, ficarão como tarefas para o governo de Duque.

Embora não tenha tocado mais profundamente nessa questão sensível para seu governo, Duque enviará ao Congresso dois projetos para alterar o Acordo de Havana, de 2016, que pôs fim a 50 anos de guerra entre as forças de segurança e as Farc. A iniciativa reforça a sua lealdade com o ex-presidente Álvaro Uribe, seu padrinho político e maior opositor no país ao acordo de 2016.

O primeiro projeto impede que o narcotráfico e o sequestro, atividades da guerrilha nas últimas décadas, possam ser tipificado como crimes políticos. O texto foi apresentado ainda hoje ao Congresso.  O segundo, que os congressistas do partido Farc (hoje, Força Alternativa Revolucionária do Comum) condenados por crime de lesa humanidade abandonem o Congresso e sejam presos para cumprir suas penas. Entre eles, está o líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño, mais conhecido como Timochenko, que foi candidato à eleição presidencial.

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O novo presidente prometeu a “reparação moral, material e econômica” às vítimas dos conflitos com as guerrilhas e a punição aos crimes cometidos. Duque fez referência também aos mais de 300 líderes sociais assassinados desde 2016 e ao desafio de reduzir as plantações de coca, em expansão nesse “país convulsionado”.

Diante dos recentes escândalos na Colômbia, Duque disse que seu governo vai punir severamente as empresas, proprietários e executivos que tenham agido como corruptores com a proibição perpétua de participar em licitações do governo. Prometeu mudar requisitos para as contratações públicas e a adoção de outras medidas para prevenir esse crime.

“Nos dói muito os constantes escândalos de corrupção na alimentação escolar, no sistema de saúde, em projetos de infraestrutura, nos abusos da contratação direta ou nos perigosos cartéis de únicos participantes em licitações, que deslegitimam o Estado e resultam em péssimos gastos dos escassos recursos públicos”, afirmou. “Hoje mesmo, entregamos este pacote anticorrupção ao Congresso da república porque a defesa da ética pública é de todos e, juntos, vamos construí-la”, completou Duque.

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