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Black das Blacks: VEJA com preço absurdo

Em novo cerco, navio de guerra dos EUA impede avanço de petroleiro russo rumo à Venezuela

Movimentação levanta dúvidas sobre possibilidade do governo Trump boicotar ajuda energética russa ao regime chavista como mecanismo de pressão

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 nov 2025, 17h24

Um petroleiro russo recuou e optou por uma manobra de retorno a caminho da Venezuela após um navio de guerra dos Estados Unidos cruzar sua rota, informou a agência de notícias Bloomberg nesta sexta-feira, 21. A movimentação levanta dúvidas sobre a possibilidade do governo de Donald Trump boicotar a ajuda energética russa ao regime chavista como mecanismo de pressão. Washington e Caracas vivem um momento de escalada de tensões, reflexo do envio de tropas americanas ao Caribe e Pacífico em suposto cerco ao narcotráfico.

“Este incidente representa mais um passo na pressão que os EUA estão exercendo sobre o regime de Maduro”, disse Mark Cancian, consultor sênior de defesa do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, à Bloomberg. “Uma redução nas exportações de petróleo prejudicaria gravemente o regime, porque o petróleo é praticamente sua única exportação.”

O incidente teria ocorrido em 13 de novembro, quando o navio russo Seahorse estava a caminho da Venezuela para entregar uma carga de combustível. Ao notar que o USS Stockdale, um destróier americano, estava em sua rota, mudou o rumo e partiu em direção à Cuba, navegando próximo às águas venezuelanas.

De lá para cá, a embarcação tentou duas vezes chegar a Venezuela, mas recuou e agora segue ancorada no Caribe — algo incomum, já que os petroleiros de Moscou raramente ficam ociosos nessa rota comercial. O Seahorse é sancionado pelo Reino Unido e pela União Europeia (UE), sendo um dos quatro navios russos responsáveis por transportar nafta — um diluente de petróleo — para a Venezuela, dependente do produto para facilitar o fluxo do petróleo pelos oleodutos.

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Tensão no Caribe

No domingo, 16, os Estados Unidos anunciaram que classificarão o Cartel de los Soles — que, segundo a Casa Branca, é liderado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro — como uma Organização Terrorista Estrangeira. O governo dos EUA oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do líder chavista. No final de outubro, Trump também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações de que Washington quer derrubar Maduro.

O maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos de Organizações Terroristas Designadas no Caribe e Pacífico, com 83 mortos, em atos considerados “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

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Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso de caça às drogas. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil — principal responsável pelas overdoses nos EUA — tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando do opioide para o país. O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela — a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na última sexta-feira, 14, revelou que apenas 29% dos americanos apoiam o uso das Forças Armadas dos Estados Unidos para matar suspeitos de narcotráfico, sem o devido processo judicial, uma crítica às ações de Trump. Em um sinal de divisão entre os apoiadores do presidente, 27% dos republicanos entrevistados se opuseram à prática, enquanto 58% a apoiaram e o restante não tinha opinião formada. No Partido Democrata, cerca de 75% dos eleitores são contra as operações, e 10% são a favor.

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