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Em meio à escalada de tensões, Talibã acusa Paquistão de bombardear Afeganistão

Ataques foram registrados na capital afegã, Cabul, e na província de Paktika, ao leste do país, nesta quinta-feira, 10

Por Flávio Monteiro
Atualizado em 10 out 2025, 14h19 - Publicado em 10 out 2025, 14h18

O governo do Afeganistão, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã, acusou nesta sexta-feira, 10, o Paquistão de ser responsável por explosões em cidades do país. Os ataques foram registrados na capital afegã, Cabul, e na província de Paktika, ao leste, na véspera. Em meio à escalada das tensões, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, confirmou os incidentes, mas minimizou a gravidade. 

O acidente está sob investigação e nenhum ferimento foi relatado ainda. Até agora, não há relato de nenhum dano causado”, disse Mujahid em uma publicação no X, antigo Twitter, tentando tranquilizar população: “não se preocupem, está tudo bem”.

De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, o alvo do ataque seria o líder do Talibã Paquistanês (TTP), Noor Wali Mehsud. Apesar de não confirmar o ataque, Islamabad afirmou que o Afeganistão vem sendo usado como “uma base de operação para o terrorismo contra o Paquistão”.

“As medidas necessárias que devem ser tomadas para proteger a vida e a propriedade do povo do Paquistão serão tomadas e continuarão a ser tomadas”, declarou o porta-voz do Exército paquistanês, Ahmad Sharif, durante uma coletiva de imprensa.

Caso a autoria dos ataques seja confirmada, as explosões no território afegão não seriam o primeiro episódio de confrontos entre os países. Em dezembro de 2024, os militares paquistaneses já haviam realizado ataques aéreos dentro do Afeganistão.

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Visita à Índia

As explosões acontecem às vésperas da chegada do ministro das Relações Exteriores afegão, Amir Khan Muttaqi, à Índia. Muttaqui desembarcou em Nova Déli na quinta-feira, 9, para uma visita com duração estimada em seis dias. Trata-se da primeira viagem do tipo desde o retorno do Talibã ao poder.

A aproximação de Cabul com o principal rival do Paquistão evidencia como o Talibã tem buscado ajustar sua diplomacia, estreitando laços com potências regionais, como Nova Déli e Moscou, para tentar obter um eventual reconhecimento internacional. Em julho, a Rússia foi o primeiro país a reconhecer formalmente o novo governo do Afeganistão.

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Clima de hostilidade

A relação entre Afeganistão e Paquistão, antes aliados, passou por mudanças devido ao crescimento nos ataques do TTP dentro do território paquistanês desde 2021, quando o Talibã assumiu o poder. Somente em setembro deste ano, 135 pessoas foram mortas e 173 feridas em ataques do grupo terrorista.

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“Escolha um dos dois caminhos. Se eles desejam estabelecer relações com o Paquistão com genuína boa vontade, sinceridade e honestidade, estamos prontos para isso. Mas se eles escolherem ficar do lado dos terroristas e apoiá-los, então não teremos nada a ver com o governo interino afegão”, declarou Sharif no dia 13 de setembro.

Outrora um destino acolhedor para refugiados afegãos, o Paquistão vem expulsando massivamente imigrantes de volta ao país vizinho desde o aumento das hostilidades. Dados do governo apontam que, até agora, aproximadamente um milhão de refugiados afegãos foram enviados de volta.

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