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Em entrevista, Trump defende policial que matou jovem negro em Atlanta

Rayshard Brooks, de 27 anos, morreu depois de ser atingido nas costas; presidente americano afirmou que não se deve resistir a abordagens policiais

Por Da Redação
Atualizado em 18 jun 2020, 10h00 - Publicado em 18 jun 2020, 09h30

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira 18 que a polícia americana foi “tratada injustamente”. Em entrevista a uma emissora, o republicano parecia, de alguma forma, defender o policial que matou um jovem negro na semana passada em Atlanta.

O policial Garrett Rolfe foi acusado de assassinato na quarta-feira, cinco dias depois de matar o jovem afro-americano Rayshard Brooks, em um drama que reacendeu a indignação contra o comportamento racista no país.

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“É uma situação terrível, mas não podemos oferecer resistência a um policial”, disse Trump em entrevista à Fox News. “Espero que o agente tenha um julgamento justo, porque a polícia foi tratada injustamente em nosso país”, afirmou.

“Mas, de novo: você não pode oferecer resistência a um policial. Eles começaram a discutir e vejam como tudo terminou. Muito ruim. Muito ruim”, disse Trump.

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Rayshard Brooks, um pai negro de 27 anos, morreu depois que um policial branco atirou nele duas vezes nas costas em um estacionamento em Atlanta. O agente de 27 anos queria prender Brooks por estar bêbado em via pública. Um vídeo mostrou que, após ser baleado, o policial o chutou quando ele já estava sangrando no chão.

O jovem foi atingido depois de resistir à prisão, lutando com os dois policiais brancos, tirando-lhes uma pistola de choque elétrico e tentando fugir, informou o Gabinete de Investigação da Geórgia (GBI, sigla em inglês) na ocasião. Garrett Rolfe recebeu 11 acusações. Se condenado por homicídio culposo, Rolfe pode até ser condenado a pena de morte.

Brooks, que era pai de três filhos, “nunca demonstrou nenhum comportamento agressivo” e “não representou uma ameaça imediata de morte ou ferimento físico grave” afirmou o promotor Paul Howard, do condado de Fulton, em entrevista coletiva nesta quarta.

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A morte de Brooks ocorre três semanas após a morte de George Floyd, asfixiado por um policial que o asfixiou até a morte no momento de sua detenção, em Minneapolis, provocando uma onda de manifestações antirracistas e contra a brutalidade policial que se espalhou pelo mundo.

Na terça-feira, Trump anunciou que proibia técnicas policiais, como a imobilização por asfixia, exceto nos casos em que a vida do policial estivesse em perigo, e ordenou uma reforma limitada das forças da ordem.

(Com AFP)

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