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Em desafio a Putin, Biden faz visita surpresa a Kiev

Presidente americano se encontrou com o ucraniano Volodymyr Zelensky e caminhou nas ruas da capital, às vésperas da marca de um ano da guerra

Por Da Redação
Atualizado em 20 fev 2023, 08h18 - Publicado em 20 fev 2023, 08h02

Às vésperas da marca de um ano da guerra na Ucrânia, e em um desafio direto a Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu início nesta segunda-feira, 20, a uma viagem surpresa a Kiev. O democrata chegou à capital ucraniana depois de uma viagem de trem saído da Polônia, onde visitará oficialmente na terça-feira.

Durante a visita, organizada em sigilo, o presidente americano se encontrou com o ucraniano Volodymyr Zelensky, e caminhou nas ruas da capital. Pouco antes do encontro, alarmes de ataques aéreos soaram no país, mas não houve registro de ataques de fato.

“Acredito ser crítico que não haja alguma dúvida, nenhuma dúvida, do apoio dos EUA à Ucrânia na guerra”, disse Biden ao presidente ucraniano. “Apesar de todas as divergências que temos em nosso Congresso sobre algumas questões, há um acordo significativo sobre o apoio à Ucrânia. Não se trata apenas de liberdade na Ucrânia… trata-se da liberdade da democracia em geral”.

Em resposta, Zelensky afirmou que a visita é um “sinal extremamente importante de apoio a todos os ucranianos”, acrescentando que ele e Biden discutiram armas de longo alcance durante a visita.

Para além das palavras, Biden anunciou um pacote de meio bilhão de dólares em assistência, icluindo munição de artilharia, sistemas antiblindados e radares de vigilância aérea.

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A visita do presidente americano, além de reafirmar o apoio dos EUA, acontece um dia antes de um discurso planejado de Vladimir Putin em Moscou, que deve definir os objetivos da Rússia para o segundo ano da invasão, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado.

A guerra passa atualmente por um ponto de inflexão. A Rússia está tentando garantir o controle total de duas províncias do leste ucraniano que formam a região industrial e de mineração de Donbas.

Os dois lados sofreram pesadas perdas em Bakhmut, e a situação da zona de conflito foi descrita como um “moedor de carne”, com poucos civis restantes na cidade. Desde maio, o Exército russo tenta ocupar a cidade, uma zona estratégica para ser usada como base de lançamento de ataques a cidades vizinhas, como Sloviansk e Kramatorsk.

Atualmente, a região é o principal objetivo do presidente russo, Vladimir Putin. A captura do local daria à Rússia uma nova posição na região de Donetsk e uma rara vitória após vários meses de contratempos. O território de Donbas, que a Rússia ocupa parcialmente, é considerado o coração industrial da Ucrânia e agora o país tenta obter controle total. 

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Kiev, por sua vez absorvendo um grande influxo de armamento ocidental nos próximos meses para uma contra-ofensiva planejada, ultimamente se ateve principalmente à defesa no campo de batalha, alegando estar infligindo enormes baixas às forças russas de ataque.

Apesar da alta quantidade de munição recebida, Kiev enfrenta um amplo problema, à medida que gasta munição em um ritmo mais rápido do que elas podem ser produzidas.

“O ritmo atual de gasto ucraniano de munição é muitas vezes mais alto que nosso atual ritmo de produção. Isso coloca nossas indústrias da defesa sob pressão“, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em encontro na segunda-feira, 13, com ministros da Defesa.

O maior problema é que, mesmo se mais munição for pedida hoje, levaria tempo para chegar, à medida que a espera por munição de calibre alto é atualmente de 28 meses. “Pedidos feitos hoje só serão entregues dois anos e meio depois”, ressaltou Stoltenberg.

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