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Em busca de legitimidade, Talibã põe fim ao cultivo de ópio no Afeganistão

Talibã aposta no controle ao tráfico de drogas para ganhar espaço na comunidade global; Afeganistão é o maior produtor da planta que dá origem à heroína

Por Felipe Mendes Atualizado em 4 abr 2022, 09h12 - Publicado em 3 abr 2022, 16h25

O Talibã anunciou neste domingo, 3, que irá proibir o cultivo da papoula no Afeganistão. A estratégia do grupo extremista é assumir um compromisso para a erradicação das drogas no país e, com isso, buscar legitimidade perante a comunidade internacional. Segundo o Talibã, aqueles que cultivarem o narcótico terão suas colheitas destruídas e poderão ser presos e enquadrados de acordo com a lei da Sharia.

Muitos agricultores do país se dizem desesperados, segundo relatou a agência de notícias Reuters. O Afeganistão é responsável por mais de dois terços da produção do ópio no mundo. Suco extraído dos frutos imaturos de várias espécies de papoulas soníferas, o ópio é usado como matéria-prima para drogas lícitas (como a morfina e a codeína) e ilícitas (heroína) e sua produção é característica do Oriente Médio.

“De acordo com o decreto do líder supremo do Emirado Islâmico do Afeganistão, todos os afegãos são informados de que, a partir de agora, o cultivo de papoula foi estritamente proibido em todo o país”, segundo uma ordem do líder supremo do Talibã, Haibatullah Akhundzada. “Se alguém violar o decreto, a colheita será destruída imediatamente e o infrator será tratado de acordo com a lei da Sharia”, disse.

É a segunda vez que o Talibã tenta combater a produção da papoula no país. Entre 1996 e 2001, o grupo tentou extinguir a produção e o tráfico de drogas no país para tentar ganhar relevância em escala global. A ação não prosperou, graças a incursão dos Estados Unidos no país. Em 2020, após o Talibã negociar um acordo de paz com os americanos, a produção nos campos de papoula disparou: ocupava 224 mil hectares do país ao fim daquele ano, um avanço de 37% frente ao ano anterior, de acordo com registros do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC). Estima-se que a produção de ópio no país movimente mais de 1 bilhão de dólares ao ano.

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