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EI divulga vídeo com decapitação de 2º refém britânico

Alan Henning foi sequestrado quando participava de uma missão humanitária na Síria. Primeiro-ministro David Cameron condenou a barbárie: 'repulsivos'

Por Da Redação
3 out 2014, 17h43

(Atualizado às 19h06)

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) divulgou nesta sexta-feira mais um vídeo com a decapitação de um refém estrangeiro. A vítima foi o britânico Alan Henning, que havia sido ameaçado na gravação anterior, que mostrava a execução do também britânico David Haines. Antes de Haines, dois jornalistas americanos também haviam sido decapitados pela organização.

O primeiro-ministro David Cameron condenou o horror da execução. “O assassinato brutal de Alan Henning pelo Estado Islâmico mostra o quão bárbaros e repulsivos esses terroristas são. Nós vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para caçar esses assassinos e trazê-los à Justiça”.

O vídeo de pouco mais de 1 minuto de duração foi entitulado “Outra Mensagem para os Estados Unidos e seus Aliados”, e segue a linha de propaganda brutal da organização terrorista. A vítima aparece ajoelhada, com roupas cor de laranja, ao lado do carrasco com o rosto coberto. No final da gravação, outro refém é ameaçado, um americano identificado como Peter Edward Kassig.

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Antes de ser alvo da barbárie, o refém ainda tem de a apontar o governo de seu país como responsável por sua morte. “Por causa da decisão do nosso Parlamento de atacar o Estado Islâmico, eu, como britânico, vou agora pagar o preço dessa decisão”, disse Henning. No dia 26 de setembro, o Parlamento da Grã-Bretanha aprovou com folga a realização de uma ofensiva militar contra os jihadistas no Iraque. Na última terça-feira, o país iniciou os ataques aéreos contra alvos da organização.

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O motorista de táxi Alan Henning, de 47 anos, foi sequestrado quando participava de uma missão humanitária na Síria, como voluntário, em dezembro do ano passado. Pai de dois filhos, ele fazia sua quarta viagem à Síria quando foi levado por extremistas. Em imagens gravadas pouco antes do sequestro, durante uma parada na fronteira com a Turquia, ele falou sobre o que o motivava a fazer o trabalho: “Nenhum sacrifício que façamos se compara ao que eles enfrentam todos os dias”, disse, em declaração reproduzida pela rede BBC. A família de Henning havia feito vários apelos para que sua vida fosse poupada.

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O Ministério de Relações Exteriores informou estar trabalhando com urgência para verificar o conteúdo do vídeo. Acrescentou que está oferecendo à família todo o apoio possível. Alguns dos apelos dos parentes de Henning foram divulgados pela chancelaria. “O fato de ele ter sido feito refém quando tentava ajudar os outros e agora ser morto prova que não há limites para a perversidade desses terroristas do EI”, disse o premiê Cameron.

Americano – Fontes dos Estados Unidos confirmaram que Peter Kassing é mantido pelos jihadistas e acrescentaram que não há motivos para duvidar da autenticidade da gravação. A assessora da Presidência para Segurança Interna e Contraterrorismo, Lisa Monaco, afirmou que, se o vídeo se provar autêntico, será “outra demonstração da brutalidade” do EI. Ao mostrar o refém, o carrasco diz que “é certo” continuar com as execuções de americanos, porque Barack Obama começou a bombardear a Síria. A coalizão liderada pelos EUA começou atacando alvos terroristas no Iraque e depois avançou a operação para o território sírio.

Kassig já fez parte de uma unidade de elite do Exército Americano. Segundo a rede CNN e a revista Time, que elaboraram perfis do americano em 2012 e 2013, ele deixou a vida militar em 2007 por razões de saúde e fez um curso para atuar como técnico em emergências médicas. Acabou fundando uma ONG, a Special Emergency Response and Assistance (Sera). Em 2012, foi ao Líbano e passou a ajudar refugiados sírios que chegavam aos milhares fugindo da guerra civil.

(Com agência Reuters)

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