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Edmundo González proclama a si mesmo presidente da Venezuela

Carta aos 'cidadãos, policiais e militares venezuelanos' também foi assinada pela líder da oposição, María Corina Machado

Por Da Redação
Atualizado em 5 ago 2024, 23h00 - Publicado em 5 ago 2024, 16h21

Em uma nota publicada na plataforma X, antigo Twitter, o candidato da oposição Edmundo González se proclamou vitorioso nas eleições presidenciais da Venezuela. A nota também foi assinada pela líder oposicionista María Corina Machado.

“Vencemos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis. Agora cabe a todos nós respeitar a voz do povo. A proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República procede imediatamente”, disse ele no texto.

“A Venezuela e o mundo inteiro sabem que nas eleições do passado dia 28 de julho a nossa vitória foi esmagadora. Desde o mais humilde cidadão, testemunha, membro de assembleia de voto, oficial das Forças Armadas, polícia, até organizações internacionais e governos, eles sabem disso. Com as atas em mãos, o planeta viu e reconheceu o triunfo das forças democráticas”, completou.

Segundo a coalizão de González, a Plataforma Unitária Democrática, ele obteve 67% dos votos, enquanto o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, arrematou 30%. Além disso, o opositor afirmou que venceu “em todos os estados do país e em quase todos os município” e que todos os cidadãos são testemunhas “desta realidade, incluindo os membros do Plano República”.

“No entanto, Maduro recusa-se a reconhecer que foi derrotado por todo o país e, face aos legítimos protestos, lançou uma ofensiva brutal contra os líderes democráticos, as testemunhas, os membros da mesa e até contra o cidadão comum, com o propósito absurdo de querer esconder a verdade e, ao mesmo tempo, tentar encurralar os vencedores”, afirmou.

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O candidato da oposição também apelou aos militares para que fiquem ao lado do povo e duas famílias. Ele também destacou a “violação massiva dos direitos humanos” durante a repressão de protestos contra a reeleição de Maduro, vista como fraudulenta, exigindo que as Forças Armadas não reprimam os cidadãos que demandam pacificamente que sua vitória seja respeitada.

“Nós, venezuelanos, não somos inimigos das Forças Armadas. Com esta disposição, apelamos a que evitem as ações de grupos organizados pela liderança de Maduro, uma combinação de esquadrões militares e policiais e grupos armados fora do Estado, que espancam, torturam e também assassinam, sob a proteção do poder maligno que eles representar. Você pode e deve interromper essas ações imediatamente. Instamos-vos a evitar a violência do regime contra o povo e a respeitar, e garantir o respeito, os resultados das eleições de 28 de Julho. Maduro deu um golpe de Estado que contradiz toda a ordem constitucional e quer torná-los seus cúmplices”.

Além disso, na carta, González citou o relatório da Carter Center, organização sem fins lucrativos, que afirmou que as eleições na Venezuela não foram democráticas e não atenderam aos padrões internacionais. De acordo com ele, ao não divulgar as atas eleitorais, Maduro tenta “fabricar resultados”.

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González também pediu para que as Forças Armadas e policiais cumpram os deveres institucionais, não reprimindo o povo mas o acompanhando. Segundo ele, os militares devem ignorar as ordens legais, reconhecendo a Soberania Popular “expressa nas votações no domingo, 28 de julho”.

“O novo governo da República, eleito democraticamente pelo povo venezuelano, oferece garantias a quem cumpre o seu dever constitucional. Da mesma forma, ressalta que não haverá impunidade. Este é um compromisso que assumimos com cada um dos venezuelanos”, garantiu.

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