Edmundo Gonzalez diz que retornará à Venezuela para assumir a presidência
Em discurso público na Espanha, ex-candidato disse que é 'presidente eleito' e que sua estadia na Europa é temporária
O ex-candidato presidencial venezuelano Edmundo Gonzalez disse nesta sexta-feira, 4, que pretende retornar ao seu país em janeiro para assumir a presidência.
Em seu primeiro discurso público na Espanha, após ter sido forçado a deixar a Venezuela, ele afirmou que se considera o “presidente eleito” e que sua estadia na Europa é temporária.
“Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país”, disse ele aos repórteres.
Em 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sob controle do regime, anunciou a reeleição de Nicolás Maduro com 51% dos votos, enquanto Gonzalez obteve 44%. Gonzalez substituiu María Corina, que venceu as primárias da oposição, mas foi impedida de participar pela administração chavista. O regime não apresentou provas do resultado, alegando um suposto “ciberataque golpista” ao sistema de urnas eletrônicas.
A oposição alega que o resultado da eleição foi fraudado em favor do atual presidente, argumentando que, na verdade, Maduro perdeu para Gonzalez por uma margem significativa.
Asilo na Espanha
Reconhecido por grande parte da comunidade internacional como o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, Gonzalez fugiu para a Espanha em 9 de setembro, apenas uma semana depois que as autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra ele, acusando-o de conspiração e outros crimes.
Ele revelou à Reuters que buscou refúgio diplomático após ser informado de que as forças de segurança de Maduro estavam à sua procura.
Atualmente, ele se encontra em Madri, na condição de refugiado.