Dono da Meta, Mark Zuckerberg doa R$ 5,9 milhões para fundo de posse de Trump
Contribuição ocorre duas semanas após Zuckerberg jantar com presidente eleito dos EUA no resort do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, doou US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,9 milhões) ao fundo de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo jornal americano The Wall Street Journal. A contribuição ocorre duas semanas após Zuckerberg jantar com Trump no resort do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida, numa tentativa de deixar no passado a conturbada relação dos dois — em 2021, após a invasão ao Capitólio, o político americano foi banido do Facebook e Instagram.
A reaproximação da dupla ocorreu ainda durante a corrida eleitoral. Em julho, numa entrevista ao podcast The Circuit, Zuckerberg afirmou que a reação de Trump após sofrer uma tentativa de assassinato foi “durona”, acrescentando: “Ver Donald Trump se levantar após levar um tiro no rosto e levantar o punho no ar com a bandeira americana é uma das coisas mais incríveis que já vi na minha vida”.
Os elogios foram na contramão das ameaças do republicano, que disse que prenderia o dono do Facebook caso interferisse nas eleições. Em março, Trump definiu o Facebook como “inimigo do povo” em uma entrevista à emissora americana CNBC. As críticas do presidenciável levaram as ações da Meta, conglomerado que engloba Facebook e Instagram, a caírem mais de 4% no mesmo dia dos comentários.
+ Mark Zuckerberg janta com Trump na Flórida e fala em ‘renovação nacional’
‘Papel ativo’ no governo
Com o retorno de Trump à Casa Branca, Zuckerberg começou a dar passos mais intencionais para ocupar um “papel ativo”, segundo a emissora americana CNN, na formulação de políticas tecnológicas do novo mandatário. No momento, a Meta está no centro de um processo antitruste da Comissão Federal de Comércio (FTC), ao mesmo tempo em que entrou na mira de legisladores que defendem maior controle e a regulação das gigantes da tecnologia.
Após o jantar em Mar-a-Lago, um porta-voz da Meta disse à emissora britânica BBC que “Mark ficou grato pelo convite para se juntar ao presidente Trump para jantar e pela oportunidade de se encontrar com membros de sua equipe sobre a próxima administração”. Ele destacou também que “obviamente, ele (Mark) tem seu próprio interesse, e ele tem sua própria empresa e ele tem sua própria agenda, mas ele deixou claro que quer apoiar a renovação nacional da América sob a liderança de Trump”.