Diplomatas da Rússia e EUA se reúnem pela 1ª vez desde invasão à Ucrânia
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o chanceler russo, Sergey Lavrov, fizeram encontro bilateral durante cúpula do G20
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou brevemente nesta quinta-feira, 2, com seu colega russo, Sergey Lavrov, à margem de uma reunião de diplomatas do G20 em Nova Délhi, capital indiana. A reunião não estava programada, segundo autoridades americanas, e ocorre enquanto o governo russo acusa nações ocidentais de “chantagem e ameaças”.
Este foi o primeiro encontro individual entre os principais diplomatas dos respectivos países desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há mais de um ano.
Um alto funcionário do Departamento de Estado disse a repórteres no local que Blinken fez três pontos a Lavrov.
O secretário de Estado do presidente Joe Biden afirmou que os Estados Unidos continuariam a apoiar a Ucrânia em sua defesa contra a Rússia “pelo tempo que for necessário”. Também afirmou que a Rússia deveria voltar ao tratado New START, de controle de armas nucleares, o qual abandonou recentemente. Por fim, declarou que a Rússia deveria libertar Paul Whelan, um cidadão americano preso pela KGB.
Mais cedo nesta quinta-feira, na reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, Blinken repetiu um forte apelo para que a Rússia retire suas forças da Ucrânia, acusando Moscou de minar a paz e a estabilidade internacionais.
“Infelizmente, esta reunião foi novamente prejudicada pela guerra não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia”, disse ele.
Lavrov afirmou que a reunião do G20 não produziria uma declaração conjunta por causa de divergências sobre a guerra na Ucrânia. Ele atacou as nações ocidentais por “provocar” o conflito e alimentá-lo ao armar a Ucrânia.