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Dez razões para entender a crescente tensão entre Rússia e EUA

Governo russo definiu as relações entre os países como "bastante lamentáveis" na véspera de videoconferência entre os presidentes

Por Matheus Deccache Atualizado em 6 dez 2021, 17h10 - Publicado em 6 dez 2021, 16h51

O governo da Rússia afirmou nesta segunda-feira, 6, que as relações com os Estados Unidos estão em estado “bastante lamentável”. A declaração acontece às vésperas de uma videoconferência entre os presidentes dos dois países para discutir as tensões envolvendo a Ucrânia. 

Em novembro, autoridades americanas alertaram sobre movimentações incomuns de tropas russas próximo à fronteira ucraniana e levantaram preocupações sobre uma possível invasão, algo que Moscou define como tentativa de causar medo na população. 

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o país está preocupado com o crescente avanço da OTAN em direção às suas fronteiras. E que o presidente, Vladimir Putin, precisa de garantias de segurança a longo prazo por parte do Ocidente.

Dentre as garantias está a não implementação de certos tipos de armas em países próximos à Rússia, como a Ucrânia, e a promessa de que a Aliança não irá continuar sua expansão para o leste.

Além disso, Putin pretende sugerir a Biden a realização de uma nova cúpula entre os países — a última ocorreu em junho, em Genebra, Suíça. 

“Eles precisam discutir como os entendimentos alcançados na última cúpula estão sendo implementados. É claro que a agenda principal será as relações bilaterais, que continuam em um estado bastante lamentável. Desse modo, os presidentes vão discutir principalmente as tensões em torno da Ucrânia, o avanço da OTAN e quais garantias o Ocidente nos dará”, disse Peskov a repórteres.

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Neste cenário, confira 10 razões que justificam o aumento da tensão entre Estados Unidos e Rússia que poderão ser abordados na videoconferência: 

Ucrânia e possíveis sanções ocidentais

Como dito pelo próprio Kremlin, o ponto de maior ebulição atualmente é a Ucrânia. Os Estados Unidos alertaram que os russos enfrentarão “custos severos”, incluindo sanções econômicas, se optarem por invadir a Ucrânia. Com mais de 90.000 soldados reunidos próximos à fronteira, Washington pediu um retorno aos acordos assinados em Minsk em 2014 e 2015, que foram projetados para encerrar a guerra envolvendo separatistas apoiados pela Rússia e forças do governo ucraniano. 

Exigências da Rússia para a OTAN

O governo russo alega que a concentração das tropas é uma resposta ao crescente avanço da OTAN na área. Putin exige garantias legais de que a expansão para o leste termine e que a Ucrânia não faça parte da OTAN. Além disso, o chefe de Estado pede para que não sejam implementados mísseis em países próximos. Em resposta, os Estados Unidos alegam que nenhum país pode vetar as aspirações ucranianas. 

Belarus

Os americanos acusam Belarus de transformar os migrantes vindos do Oriente Médio em arma política ao encorajar milhares deles a tentar entrar na União Europeia através de seu território. A Rússia demonstrou apoio ao ditador bielorrusso, Alexander Lukashenko, enviando aviões de guerra com capacidade nuclear para patrulhar o espaço aéreo. 

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Energia

O governo americano disse que frequentemente que os russos podem fazer mais para aliviar a crise energética da Europa. Basta aumentar o fornecimento de gás ao continente. Além disso, sanções foram impostas às entidades russas envolvidas no gasoduto Nord Stream 2, recém-construído sob o Mar Báltico.  

Disputa entre embaixadas

Ambos diminuíram consideravelmente o número de funcionários em suas respectivas embaixadas em uma série de movimentos de retaliação. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, sugeriu em 2 de dezembro que as duas potências poderiam recomeçar do zero, removendo os limites de representação. 

Ataques cibernéticos

Os Estados Unidos acusam a Rússia de realizar uma série de atentados cibernéticos contra partidos políticos, empresas e infraestrutura crítica. Em resposta, o Kremlin nega as acusações e diz não tolerar esse tipo de ataque. 

Controle de armas

Logo que chegou ao poder, Joe Biden prorrogou um acordo-chave com a Rússia que limitava o tamanho de seus arsenais nucleares estratégicos. Em Genebra, houve a promessa de que bases seriam estabelecidas para controle de armas e redução de risco, algo que levaria de seis meses a um ano para ser posto em prática. Até o momento, não há sinais de progresso. 

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Navalny 

A Casa Branca criticou a prisão do principal opositor ao governo russo, Alexey Navalny, e a forma como ele vem sendo tratado desde então. Durante a videoconferência, é possível que o governo americano possa reafirmar sua preocupação sobre os direitos humanos na Rússia.

Americanos presos

Washington levantou repetidamente o caso dos ex-fuzileiros navais que foram presos em 2018 e 2019 e acusam Moscou de ter realizado prisões políticas baseadas em falsas acusações. Em novembro, um tribunal russo negou o recurso de um deles. 

Política externa

Ambos os países divergem sobre suas políticas externas, tendo como principal expoente a Síria, onde a Rússia interveio militarmente em 2015 para apoiar o presidente Bashar al-Assad. No entanto, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse recentemente que há áreas em que as duas potências podem trabalhar juntas apesar das tensões. Os esforços para impedir que o Irã adquira armas nucleares e o processo de paz entre as ex-repúblicas soviéticas Armênia e Azerbaijão estão entre elas.

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