Deslizamento de terra deixa ao menos 1.000 mortos no Sudão
Tragédia aconteceu na vila Tarasin, no oeste do país imerso numa guerra civil. Segundo grupo rebelde que controla a região, apenas um morador sobreviveu
Um deslizamento de terra destruiu a vila de Tarasin, no oeste do Sudão, resultando na morte de pelo menos 1.000 pessoas. O episódio aconteceu no último domingo, 31, e segundo o Movimento Popular de Libertação do Sudão (MPLS), grupo rebelde que controla parcialmente a região, somente um morador sobreviveu.
“As informações iniciais indicam a morte de todos os moradores da vila, estimados em mais de 1.000 indivíduos, com somente um sobrevivente”, disse o MPLS em comunicado divulgado nesta terça-feira, 2.
Localizada nas Montanhas de Marra, Tarasin teria ficado exposta ao deslizamento após a incidência de fortes chuvas. Uma vez que o MPLS se mantém afastado das facções que disputam o poder na Guerra Civil no Sudão, as montanhas se tornaram um destino atrativo para famílias que buscam fugir dos conflitos que assolam o país.
Embora esteja sob controle de um grupo rebelde, o assentamento pertence, ao menos formalmente, à região de Darfur. O governador local, Minni Minnawi, é aliado do Exército do Sudão, que trava uma disputa pelo poder contra as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) desde 2023.
Minnawi pediu ajuda às Nações Unidas e às agências humanitárias para tentar recuperar o corpo das vítimas, afirmando que o deslizamento foi uma tragédia que extrapola as fronteiras regionais. “Apelamos para que intervenham urgentemente e forneçam apoio e assistência neste momento crítico, pois a tragédia é maior do que o nosso povo pode suportar sozinho”, declarou o mandatário em uma declaração.
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Devido aos conflitos, a região onde ocorreu o deslizamento é inacessível às organizações internacionais que fornecem ajuda humanitária, o que limita a entrega de assistência à população atingida. A tragédia acontece em meio ao terceiro ano da violenta guerra civil.
A disputa de poder entre o comandante do exército sudanês, Abdel Fatah al Burhan, e o comandante das RSF, Mohamed Hamdan Daglo, desencadeou uma catástrofe humanitária no país, com a morte de milhares de civis em decorrência da fome e dos combates. O conflito se intensificou em março, após o exército tomar o controle da capital do país, Cartum. Segundo as Nações Unidas e diversas organizações humanitárias, a guerra é marcada por crimes de guerra, como assassinatos e estupros por motivação étnica.
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