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Depois do Nepal, onda de protestos da Geração Z derruba governo de Madagascar

Andry Rajoelina deixou o país em um avião militar francês após parte das forças militares se juntar aos manifestantes

Por Flávio Monteiro
Atualizado em 13 out 2025, 17h49 - Publicado em 13 out 2025, 14h59

O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, fugiu do país no último domingo, 12, após unidades do Exército desertarem e se juntarem aos manifestantes da “Geração Z” que protestam contra a corrupção no país. A renúncia do mandatário é a segunda deposição resultante da mobilização jovem nas últimas semanas, após movimento similar no Nepal. 

As informações foram divulgadas pelo líder da oposição no Parlamento madagascarense, Siteny Randrianasoloniaiko. “Ligamos para a equipe da Presidência e eles confirmaram que ele deixou o país”, afirmou o legislador em entrevista à agência de notícias Reuters.

Com a partida do presidente, as funções de chefe de Estado foram assumidas pelo líder do Senado. Uma vez que o presidente da casa, Richard Ravalomanana, foi destituído das funções após ser um dos alvos nas manifestações, a posição fica a cargo do presidente interino, Jean André Ndremanjary. O legislador manterá as atribuições até a realização de novas eleições.

De acordo com autoridades militares, Rajoelina foi transportado de helicóptero até o aeroporto de Sainte Marie, uma pequena ilha no leste do país, onde embarcou em uma aeronave militar da França para deixar Madagascar. A rádio francesa RFI informou que o presidente fechou um acordo com seu homólogo em Paris, Emmanuel Macron.

Antes de partir, Rajoelina perdeu o apoio do Capsat, uma unidade de elite do Exército que havia o ajudado a realizar um golpe de Estado em 2009. A unidade se juntou aos manifestantes no final de semana, declarando que assumiriam o comando das Forças Armadas.

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Madagascar vem sendo palco de amplos protestos contra a corrupção desde o dia 25 de setembro. Lideradas por jovens da chamada Geração Z — nascidos entre 1995 e 2009 –, as manifestações se iniciaram devido à escassez de água e energia, mas logo se converteram em uma revolta por motivos mais amplos.

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A posição de destaque da juventude na revolta não é um incidente isolado. Recentemente, Marrocos e Nepal registraram protestos violentos liderados pela Gen Z — tendo sucesso em remover a classe política dirigente nesse último caso.

“Em 16 anos, o presidente e seu governo não fizeram nada além de enriquecer enquanto o povo continua pobre. E os jovens, a Geração Z, são os que mais sofrem”, afirmou o jovem madagascarense Adrianarivony Fanomegantsoa, de ​​22 anos.

Cerca de 22 pessoas morreram em confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança desde o início dos protestos. Nesta segunda-feira, 13, milhares de pessoas pediram a renúncia imediata do presidente em uma praça na capital do país, Antananarivo.

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