Demitido, capitão de navio naufragado quer recuperar cargo
Schettino se diz inocente de homicídio culposo, naufrágio e abandono do navio
O capitão do Costa Concordia, o navio de cruzeiro que naufragou em janeiro perto de uma ilha da Toscana, na Itália, quer apresentar uma queixa contra a companhia marítima para recuperar seu posto, afirmou nesta quarta-feira a imprensa italiana.
Francesco Schettino, que é investigado por causar o acidente que matou 32 pessoas e por abandonar o navio antes do fim da evacuação dos passageiros, foi demitido no final de julho. Ele é acusado de homicídio múltiplo culposo (sem intenção de matar) e abandono do navio, mas contesta a demissão por justa causa e pede reintegração a seu posto e o pagamento de salários em atraso.
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Um funcionário do navio disse ter visto Schettino ingerir bebida alcoólica uma hora antes de a embarcação encalhar. Além disso, há a prova de que ele abandonou o navio e se recusou a voltar e socorrer os passageiros – a gravação de uma conversa do capitão com o comandante Gregorio Maria De Falco, da Capitania do Porto de Livorno, que ordena Schettino a ‘voltar a bordo’, mas a ordem é ignorada.
Justiça – Após uma série de audiências técnicas agendadas para a próxima semana no tribunal de Grosseto, Toscana, Schettino deve ser julgado junto com oito executivos e funcionários da empresa. O capitão alega ter feito uma manobra que permitiu salvar milhares de vidas e, por isso, considera-se inocente.
O navio de 114.500 toneladas encalhou nas rochas perto da ilha de Giglio, na noite de 13 de janeiro, com 4.229 passageiros a bordo. Os investigadores querem saber por que o navio estava tão perto da ilha e em alta velocidade e por que o procedimento de evacuação foi iniciado apenas uma hora após o acidente.
Confira, abaixo, as circunstâncias que levaram ao naufrágio do Costa Concordia:
(Com agência France-Presse)