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De pressão política a tarifas, Noruega teme reação de Trump caso não ganhe o Nobel da Paz

Presidente dos EUA já falou abertamente que crê merecer o prêmio e gera apreensão em Oslo, onde o Instituto Nobel anuncia honraria nesta sexta-feira, 10

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2025, 15h54

Às vésperas do Nobel da Paz de 2025, que será anunciado nesta sexta-feira 10, a Noruega se prepara para uma possível reação de Donald Trump caso o presidente dos Estados Unidos, que deixou muito clara sua busca pelo prêmio, não seja contemplado. Apesar de ter desempenhado papel fundamental na negociação do recente cessar-fogo entre Israel e Hamas, analistas consideram improvável que ele seja laureado pelo comitê independente de cinco membros. Entre os favoritos deste ano estão organizações como o Salas de Resposta de Emergência do Sudão, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas e a Liga Internacional de Mulheres pela Paz e a Liberdade.

O receio em Oslo é que a expectativa frustrada leve Trump a retaliar o país. A líder do Partido da Esquerda Socialista, Kirsti Bergsto, afirmou que a Noruega deve estar “preparada para qualquer coisa”, apontando o caráter “volátil e autoritário” do republicano. O analista Harald Stanghelle especula que eventuais reações poderiam incluir tarifas comerciais, exigências de maiores contribuições norueguesas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ou até a hostilização aberta do país. A direção do Instituto Nobel, por sua vez, reforça que a escolha do laureado é totalmente independente, embora os membros do comitê sejam indicados pelo Parlamento norueguês.

Trump tem reiterado em público que merece o prêmio — chegou a telefonar para Jens Stoltenberg, ex-secretário-geral da Otan e atual ministro das Finanças da Noruega, para questioná-lo sobre a cerimônia. Em setembro, durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, afirmou falsamente ter “encerrado sete guerras intermináveis” e declarou que “todo mundo” reconhece que ele deveria ser laureado. Acredita-se que ter a honraria está em seu radar desde que o então presidente americano Barack Obama foi agraciado com o Nobel da Paz em 2009 por seus “esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”.

Para analistas, um acordo isolado como o de Gaza não compensa anos de políticas que enfraqueceram instituições multilaterais e ampliaram divisões. “A retirada de Trump das organizações internacionais, sua intenção declarada de tomar a Groenlândia — território do Reino da Dinamarca, aliado da Otan — e as violações de direitos democráticos básicos dentro dos Estados Unidos não se alinham com a vontade de Alfred Nobel”, avaliou Nina Græger, diretora do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo.

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