Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: VEJA por apenas 1,99

Datas: Otis Davis, Kathryn Grant e John Clements

As despedidas que marcaram a semana

Por Redação 27 set 2024, 06h00 • Atualizado em 27 set 2024, 11h52
  • Quando começou a se destacar nas pistas de atletismo, em busca de uma faculdade que pudesse ajudá-lo no crescimento esportivo, o americano Otis Davis foi barrado pela Universidade do Alabama, seu estado natal, em decorrência da cor de pele. Aceito pela Universidade do Oregon, centro educacional e político no avesso do preconceito, percorreria carreira magistral, apesar de tardia, dadas as dificuldades na largada. Aos 28 anos, Davis ganhou a medalha de ouro nos 400 metros e no revezamento 4×400 na Olimpíada de 1960, em Roma. Nos 400, ganhou a prova do alemão Carl Kaufmann na decisão pelo photo finish — em imagem famosa, retrato do esforço humano. Davis morreu em 14 de setembro, aos 92 anos.

    “Por que tanta pressa?”

    CENAS DE UM CASAMENTO - Kathryn com Bing Crosby (1903-1977): vida profissional ofuscada pelos negócios do marido famoso
    CENAS DE UM CASAMENTO - Kathryn com Bing Crosby (1903-1977): vida profissional ofuscada pelos negócios do marido famoso (Hulton Archive/Getty Images)

    O cantor Bing Crosby, “a voz dos Estados Unidos”, tinha 49 anos e já era uma instituição americana — um artista que, nos anos 1930 e 1940, tinha fama comparável à dos Beatles nos anos 1960 e à de Michael Jackson na década de 80. Separado da primeira mulher, ele deparou no camarim de um estúdio da Paramount com a texana Kathryn Grant, de 19 anos, que corria com seu trabalho para não perder o horário em uma quadra de tênis. “Por que tanta pressa?”, perguntou Crosby, barrando a passagem da moça, como se extraísse a cena melodramática de uma de suas canções ou filmes. Kathryn chegaria a participar de gravações do marido, fez ao lado dele alguns longas-metragens, mas dedicou-se a zelar pelos negócios do mito, em postura que levaria para o restante da vida. Crosby teve um ataque cardíaco fatal em 1977, aos 74 anos, quando jogava golfe. O casal teve três filhos. Kathryn morreu em 22 de setembro, aos 90 anos.

    Ar para os pulmões

    BEBÊS - John Clements, pneumologista americano: descoberta para salvar a vida de prematuros
    BEBÊS - John Clements, pneumologista americano: descoberta para salvar a vida de prematuros (Steve Babuljak/UCSF/.)

    No início dos anos 1950, o americano John Clements desvendou um dos grandes segredos do organismo humano: o mau funcionamento dos pulmões, especialmente o dos recém-nascidos, condição que apenas nos Estados Unidos matava mais de 10 000 nenês todos os anos. Ele ficou intrigado com um problema e, da beleza do raciocínio científico, chegou a um resultado promissor: por que pequenas bolsas de ar do pulmão, os alvéolos, podem esvaziar quando uma pessoa expira, mas não a ponto de colapsar, como um balão de gás? Segundo Clements, deveria, portanto, haver algum produto químico que relaxasse a tensão, e assim ele identificou a classe dos chamados surfactantes, lubrificantes que, produzidos artificialmente, salvariam vidas. A síndrome do desconforto respiratório (SDR), causada pela produção insuficiente de surfactante pelos pulmões, é uma das principais patologias dos prematuros. Quanto menor o tempo de gestação, maior a imaturidade pulmonar e a incidência da SDR: dela sofrem cerca de 50% dos chamados prematuros extremos, que nascem entre a 26ª e a 28ª semana, mas muitos dos que nascem entre a 28ª e a 31ª semana também são afetados. Clements morreu em 3 de setembro, aos 101 anos, mas a notícia só foi divulgada na semana passada.

    Publicado em VEJA de 27 de setembro de 2024, edição nº 2912

    Publicidade
    TAGS:

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    OFERTA RELÂMPAGO

    Digital Completo

    A notícia em tempo real na palma da sua mão!
    Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    RESOLUÇÕES ANO NOVO

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
    De: R$ 55,90/mês
    A partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.