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Datas: Herbie Flowers, Salvatore ‘Toto’ Schillaci e Tito Jackson

As despedidas que marcaram a semana

Por Da Redação Atualizado em 20 set 2024, 12h46 - Publicado em 20 set 2024, 06h00

São vinte segundos que colam ao ouvido e não desgrudam mais, nunca mais. A linha de baixo na abertura de Walk on the Wild Side, de Lou Reed, canção lançada em 1972, é um clássico pop eterno. Ela foi criada por Herbie Flowers, ao misturar um instrumento acústico — daqueles grandalhões, o chamado “baixo de pau” — com um elétrico. E então, antes do primeiro verso, “Holly came from Miami, FLA, hitch-hicked her way across the USA”, brotou uma obra-prima jazzística, de suingue indizível, a partir daí usada como a trilha do lado selvagem do submundo de Nova York. Flowers, convidado para a gravação pelo produtor do álbum, David Bowie, ganhou pelo trabalho apenas 17 libras, o equivalente hoje a menos de 260 dólares. Recebeu de Reed a partitura rabiscada a mão e mandou ver, em minutos. Modesto, ele diria: “Sim, é bacana, mas dá para dizer a mesma coisa do trompete em Penny Lane”. O baixista, que participou em mais de 20 000 registros — esteve também em Space Oddity, de Bowie —, morreu em 5 de setembro, aos 86 anos, mas a notícia só foi revelada na semana passada.

Herói improvável

AZZURRA - Toto Schillaci: artilheiro da Copa do Mundo de 1990, na Itália
AZZURRA - Toto Schillaci: artilheiro da Copa do Mundo de 1990, na Itália (Ross Kinnaird/EMPICS/Getty Images)

“Minha carreira durou três semanas, tempo curto, mas intenso. Alguns jogam futebol durante vinte anos e não chegam à Azzurra.” Assim o atacante Salvatore “Toto” Schillaci definiu sua travessia durante a Copa do Mundo de 1990, da qual saiu artilheiro, com seis gols, atalho para que a Itália ficasse em terceiro lugar — na semifinal, a seleção azul perdeu nos pênaltis para a Argentina de Maradona. Schillaci, nascido na Sicília, ganhou renome na Juventus, mas foi sempre tratado com algum despeito, dada a simplicidade e o modo atrapalhado de levar a vida. Virou, contudo, um herói improvável naquele verão. Ele morreu em 18 de setembro, aos 59 anos, de câncer.

O irmão do Rei do Pop

FAMÍLIA - Tito Jackson (no destaque): a criação do moonwalk do irmão Michael (à dir.) teve origem na infância
FAMÍLIA - Tito Jackson (no destaque): a criação do moonwalk do irmão Michael (à dir.) teve origem na infância (Gijsbert Hanekroot/Redferns/Getty Images)

No fim dos anos 1960 e início dos anos 1970, o grupo The Jackson 5 reinventou a música negra nos Estados Unidos e dali para o mundo. O quinteto aparecia com frequência nos programas de televisão, de simpatia adesiva e toada dançante. Aqueles cinco irmãos, de pai severo, fizeram sucesso com baladas como ABC, I’ll Be There e I Want You Back. Foi um estrondo, palco para a fama de Michael Jackson, o futuro rei do pop. Em entrevista a VEJA, em 2021, Toriano Adaryll Jackson, o Tito Jackson, guitarrista e vocalista, lembrou da criação do passo moonwalk pelo irmão. “Era um movimento que fazíamos quando crianças brincando na calçada. Nunca imaginamos que Michael o faria com tanta habilidade no palco”, disse. Tito morreu em 15 de setembro, aos 70 anos, de complicações cardíacas. Michael, em 2009, aos 50 anos.

Publicado em VEJA de 20 de setembro de 2024, edição nº 2911

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