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Datas: Akira Toriyama e Anthony Epstein

As despedidas que marcaram a semana

Por Redação 15 mar 2024, 06h00 • Atualizado em 3 jun 2024, 17h16
  • Era uma vez um menino japonês que adorava os desenhos animados da Disney. Aos 6 anos de idade ele viu pela primeira vez 101 Dálmatas, apaixonou-se por Pongo e Prenda, ficou enternecido com Roger e amou odiar Cruella de Vil. E então decidiu que seguiria a carreira de pincel e caneta em mãos. “Quando eu era pequeno, não tínhamos tantas formas de entretenimento como hoje, então todos nós desenhávamos”, disse certa vez Akira Toriyama. “Na escola primária, fazíamos mangás e mostrávamos uns aos outros.” Toriyama reinventaria os quadrinhos típicos do Japão e os faria circular pelo mundo. Em 1980, lançou o Dr. Slump, a história de um jovem androide com superpoderes. Mas foi em 1984, com Dragon Ball, que ele viraria um mestre do tamanho de Walt Disney para quem gosta do estilo oriental — e atire a primeira pedra quem não se divertiu (ou sonhou acordado) com Goku, um lutador de cabelo espevitado à caça das esferas do dragão, objetos capazes de realizar desejos — personagem que, ao longo de sua jornada, enfrenta inimigos de todos os tipos, de mestres em artes marciais a demônios.

    Em 1986, Dragon Ball virou série de televisão e fenômeno internacional, em mais de oitenta países — inclusive o Brasil, é claro (e lembre-se que To­riya­ma tinha especial apreço pelo país, por causa de Ayrton Senna, a quem admirava). No formato de revista, os 42 volumes da série venderam mais de 260 milhões de exemplares. Na TV é impossível medir o alcance. Mas faça uma experiência: vá a uma feira de quadrinhos e, ainda hoje, haverá alguém vestido de Goku. Mesmo nas festas infantis da criançada da era do TikTok é comum a figura simpática e acelerada dar as caras. Não por acaso, dada a força incontrolável do fenômeno, Goku tem um dia de homenagem, o 9 de maio. Por que ele foi escolhido? Quando se fala “5/9” em japonês, a pronúncia do mês (maio, 5) e do dia (9) pode ser ouvida como “Go” e “Ku”. Toriyama morreu em 1º de março, aos 68 anos, em decorrência de um hematoma no cérebro. O funeral foi realizado privadamente, apenas para a família, e somente na semana passada a morte foi anunciada.

    Um salto da ciência

    DESCOBERTA - Anthony Epstein, patologista britânico: ao lado da ex-aluna e colega Yvone Barr, ele descobriu o vírus da mononucleose
    DESCOBERTA - Anthony Epstein, patologista britânico: ao lado da ex-aluna e colega Yvone Barr, ele descobriu o vírus da mononucleose (British Medical Journal/.)

    É uma bonita aventura da medicina. Em março de 1961, o patologista britânico Anthony Epstein sentou-se nas últimas cadeiras, bem no fundão mesmo, de uma palestra de um colega irlandês que apresentava uma série de fotografias de crianças de Uganda com tumores faciais na linha da mandíbula. A um só tempo assustado e entusiasmado pelo que vira, Epstein abandonou tudo e, associado com uma aluna de doutorado, Yvone Barr, mergulhou no caso. Em 1964 eles anunciaram a descoberta de um vírus, batizado de Epstein-Barr (EBV), responsável pela mononucleose — infecção transmitida pela saliva, também conhecida como “doença do beijo”, e cuja ocorrência é muito comum na juventude. Estimativas indicam que pelo menos 95% da população global adulta já teve contato com o vírus e é capaz de produzir anticorpos contra ele. Vale pontuar que a mononucleose não é considerada uma infecção sexualmente transmissível, dado não ser disseminada por sêmen ou por secreções vaginais e anais. Epstein morreu em 6 de fevereiro, aos 102 anos, em Londres. Yvone Barr faleceu em 2016.

    Publicado em VEJA de 15 de março de 2024, edição nº 2884

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