Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Curdos vão às urnas no Iraque votar pela independência

Milhões de pessoas votam em referendo para definir futuro da região; Bagdá e países vizinhos fazem ameaças e tomam medidas contra a votação

Por Gustavo Silva
Atualizado em 25 set 2017, 13h16 - Publicado em 25 set 2017, 11h47

O presidente do Governo Regional do Curdistão, Masoud Barzani, seguiu com seus planos e os curdos do Iraque foram às urnas participar do referendo sobre a independência da região. A votação histórica, que não tem valor legal, é condenada pela comunidade internacional .

Mais de três milhões de pessoas, segundo a comissão responsável pela supervisão do pleito, devem votar nas quatro províncias que compõem o Curdistão iraquiano. Os números ganham a adição dos moradores convocados nos territórios sob o controle curdo desde o combate contra o grupo Estados Islâmico (EI), mas disputados pelos governos de Erbil e Bagdá, como Kirkuk, cidade rica em petróleo onde vivem curdos, árabes e outras minorias.

Os primeiros resultados do referendo são esperados para até terça-feira e os números finais da votação devem ser divulgados ainda nesta semana. A vitória do ‘sim’, como é esperado, não significa a independência automática da região do resto do Iraque. Segundo as lideranças curdas, o objetivo do referendo é pressionar o governo iraquiano a negociar as condições de independência do Curdistão iraquiano.

No domingo, o primeiro ministro iraquiano, Haider al-Abadi, voltou a afirmar, em comunicado televisionado, que o referendo é “inconstitucional” e reforçou que Bagdá “irá tomar medidas para resguardar a união do país e proteger todos os iraquianos”.  O premiê clamou para que os países estrangeiros deixem de importar petróleo diretamente do Curdistão.

Retaliações

Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro da TurquiaBilani Yildirim, anunciou que Ancara irá impor sanções ao Curdistão iraquiano em coordenação com Bagdá, mas sem especificar quais medidas serão tomadas. Já o presidente turco, Recep Erdogan, foi mais duro em suas declarações e sugeriu que poderá interromper o fluxo de petróleo curdo, que passa em sua quase totalidade por oleodutos instalados no país. “Nós controlamos a válvula, e a partir do momento que a fecharmos, será o fim para eles”, ameaçou. A produção curda é de cerca de 650 mil barris por dia, o que corresponde a 95% das receitas da região e 15% do total da produção iraquiana.

O Irã, contrário ao referendo e atendendo aos pedidos de Bagdá, anunciou o fechamento das fronteiras terrestres e aéreas com a região. Desde domingo o governo de Teerã realiza exercícios militares nas imediações da divisa com o Curdistão iraquiano. Tal como a Turquia, o país teme que o pleito impulsione o movimento de independência de sua minoria curda.

(Com agências internacionais) 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.