Cruz Vermelha enviará nova remessa de ajuda à Venezuela em maio
Primeiro lote de medicamentos começa a ser entregue a 12 hospitais públicos e deverá beneficiar 650.000 pessoas
Uma segunda remessa de ajuda humanitária da Cruz Vermelha chegará à Venezuela em 8 de maio, anunciou a agência internacional nesta quarta-feira, 17, reiterando seu compromisso com o regime de Nicolás Maduro de não “politizar” a assistência.
“Há uma remessa que vem por via marítima, que estimamos que em 8 de maio estará no país”, informou o comissário da Cruz Vermelha para esta operação na Venezuela, Hernán Bongioanni, durante a entrega de material cirúrgico, analgésicos e antibióticos ao hospital da instituição em Caracas.
Um primeiro carregamento chegou nesta terça-feira 16 em Caracas. Bongioanni disse que este lote inicial de material cirúrgico será usado para atender cerca de 10.000 pessoas. No total, 650.000 venezuelanos poderão ser beneficiados com os medicamentos entregues.
O diretor de Saúde da Cruz Vermelha venezuelana, Carlos Ruiz, explicou que esse carregamento inicial ajudará 12 hospitais públicos. Em breve, a instituição doará medicamentos para doenças crônicas. Para tanto, já iniciou contatos com a união farmacêutica para estabelecer prioridades.
“Esses medicamentos chegarão pouco a pouco”, disse Ruiz.
Durante o segundo dia de distribuição, o presidente da Cruz Vermelha local, Mario Villarroel, reiterou seu compromisso de não politizar o apoio da instituição à Venezuela e nem se envolver na disputa entre o regime de Nicolás Maduro e o líder opositor Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino do país e apoiado por mais de 50 países.
“Toda vez que, de alguma maneira, se tenta politizar essa ajuda, o trabalho que estamos fazendo é prejudicado (…), Por favor, deixem a Cruz Vermelha trabalhar”, insistiu Villarroel.
Bongioanni destacou que os carregamentos que começaram a ser distribuídos nesta terça-feira são independentes. “É um projeto da Cruz Vermelha, canalizado pela Cruz Vermelha e guiado e dirigido pela Cruz Vermelha, sempre sob os princípios do movimento: imparcialidade, neutralidade e independência”, argumentou.