Criticado por ineficiência, Erdogan visita zonas arrasadas por terremoto
O presidente turco reconheceu que houve dificuldades na resposta dos serviços de emergência, mas culpou bloqueios nas estradas e danos em aeroportos
![A handout photo taken and released on February 8, 2023, by the Turkish President's press office, shows Turkish President Recep Tayyip Erdogan (C) speaking to press in Kahramanmaras, southeastern Turkey, on February 8, 2023, two days after after a strong earthquake struck the region. - The death toll from a massive earthquake that struck Turkey and Syria rose above 11,200 on February 8 as rescuers raced to save survivors trapped under debris in the winter cold. (Photo by TURKISH PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / TURKISH PRESIDENTIAL PRESS SERVICE" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/02/000_338R9JP.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou nesta quarta-feira, 8, a cidade de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, dois dias depois de um forte terremoto atingir a região. Sua chegada, contudo, foi cercada de críticas sobre a lentidão dos serviços de emergência do governo para resgatar as vítimas dos escombros.
Em algumas áreas gravemente atingidas pelos tremores, famílias disseram que a ineficiência dos resgates os levou a escavar os escombros de edifícios sozinhos para encontrar parentes.
“Sobrevivemos ao terremoto, mas morreremos aqui de fome ou frio”, disse um homem de 64 anos em Antakya, província de Hatay.
Erdogan reconheceu que houve dificuldades com a resposta inicial, mas culpou os atrasos nas estradas e aeroportos danificados.
Segundo dados oficiais, mais de 11.000 pessoas no sul da Turquia e no norte da Síria foram mortas.
Os Capacetes Brancos, que lideram os esforços para resgatar pessoas em áreas controladas por rebeldes na Síria, dizem que o tempo para salvar as pessoas está se esgotando. O chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que a resposta ao desastre é “uma corrida contra o tempo”.
Nesta quarta-feira, mais imagens dramáticas de resgates começaram a circular pelas redes. Uma família de seis pessoas foi retirada com vida dos escombros na cidade síria de Idlib, enquanto um homem passou horas segurando a mão de sua filha, morta em meio aos restos de um edifício, até que os serviços de resgate chegassem.