Coreia do Norte explode estradas perto da fronteira com o Sul
Demolição ocorre uma semana após o governo de Kim Jong-un prometer fechar permanentemente a fronteira com o outro lado da península
A Coreia do Norte demoliu duas importantes estradas que conectavam o país à Coreia do Sul nesta terça-feira, 15, conforme informou o Exército sul-coreano. As explosões ocorreram uma semana após Pyongyang prometer fechar permanentemente a fronteira com o outro lado da península, em protesto contra exercícios militares realizados no país vizinho.
Os trechos destruídos faziam parte das linhas Gyeongui, na costa oeste, e Donghae, na costa leste, e foram explodidos por volta das 12h, no horário local. A explosão das rodovias é majoritariamente simbólica, já que a divisa entre os países é amplamente militarizada e, na prática, está fechada há anos. Entretanto, a destruição ocorre em meio a uma escalada nas tensões entre os líderes das Coreias.
Imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa sul-coreano mostram diversas explosões no lado norte da linha de demarcação militar que separa as duas nações, reforçando a militarização da zona fronteiriça.
Em resposta, as forças sul-coreanas realizaram disparos de artilharia em seu território, ao sul da linha de demarcação, e continuam monitorando de perto as ações militares norte-coreanas. Seul destacou que suas tropas mantêm “postura de prontidão total em cooperação com os EUA”.
Tensão entre as Coreias
As explosões ocorreram poucos dias após a Coreia do Norte acusar a Coreia do Sul de enviar drones carregados de propaganda sobre Pyongyang, ameaçando retaliação. Esse incidente marca mais uma troca de provocações entre os dois países, que se intensificou após meses de lançamentos de balões com lixo do Norte para o Sul.
Na semana passada, o exército norte-coreano chefiado por Kim Jong-un anunciou que adotaria uma “medida militar substancial” para cortar completamente suas relações com a Coreia do Sul.
A Coreia do Norte e a Coreia do Sul estão separadas desde que a Guerra da Coreia terminou em 1953 com um acordo de armistício.