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Coreia do Norte dispara 200 tiros na fronteira com a Coreia do Sul

Exercício militar com munição verdadeira obrigou sul-coreanos a fugirem para abrigos antiaéreos

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h36 - Publicado em 5 jan 2024, 08h54

A Coreia do Norte disparou mais de 200 tiros perto da fronteira com a Coreia do Sul nesta sexta-feira, 5, levando a nação vizinha a responder com exercícios militares “correspondentes”. A troca de tiros, que ocorreu na divisa marítima entre os dois países, obrigou os habitantes das ilhas sul-coreanas de Yeonpyeong e Baengnyeong a fugirem para abrigos antiaéreos, por instrução dos seus militares, e elevou a tensão entre os rivais regionais.

Os disparos da Coreia do Norte, segundo o exército da Coreia do Sul, não causaram danos civis ou militares. Yeonpyeong é o lar de pouco mais de 2.000 habitantes e soldados, a cerca de 120 km de Seul, enquanto Baengnyeong, a oeste de Yeonpyeong, tem população de cerca de 4.900.

“Este é um ato de provocação que aumenta a tensão e ameaça a paz na península coreana”, disse o ministro da Defesa sul-coreano, Shin Won-sik.

Resposta

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse que brigadas de fuzileiros navais com bases nas ilhas Yeonpyeong e Baengnyeong dispararam contra o mar ao sul da fronteira da Linha Limite do Norte (NLL), numa “resposta operacional esmagadora”. Os exercícios sul-coreanos envolveram artilharia mecanizada e tanques.

Em coletiva de imprensa, Lee Sung-joon, porta-voz militar sul-coreano, disse que todos os projéteis norte-coreanos caíram do lado norte da fronteira marítima. De acordo com ele, o exército de seu país tem monitorado os movimentos de Pyongyang ao longo da costa com a ajuda dos Estados Unidos.

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A China, que é o principal aliado político da Coreia do Norte, pediu moderação e apelou aos dois lados para retomarem o diálogo.

Disputa quente

Na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse que a unificação entre as duas Coreias era impossível, e que Pyongyang alterou sua política em relação a Seul, que agora vê como um “Estado inimigo”.

As águas perto da disputada NLL, que incluem o Mar Amarelo, foram palco de vários confrontos mortais entre as nações vizinhas, incluindo batalhas envolvendo navios de guerra e o naufrágio de uma corveta sul-coreana em 2010 pelo que se acredita ser um torpedo norte-coreano, matando 46 marinheiros.

Recentemente, ambas as Coreias prometeram respostas militares esmagadoras caso sejam atacadas. Em novembro, a Coreia do Norte abandonou um acordo militar, assinado em 2018, cuja função era diminuir as tensões na região, depois da Coreia do Sul ter afirmado que iria retomar treinos do exército perto da fronteira.

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