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Convocados pela extrema direita, manifestantes protestam contra imigrantes em Portugal

Número de estrangeiros no país aumentou 33,6% no ano passado; brasileiros estão no topo da lista

Por Da Redação
30 set 2024, 17h14

Convocado pelo partido de extrema direita Chega, um protesto contra a imigração reuniu milhares de pessoas no domingo, 29, nas ruas de Lisboa. Cantando o hino nacional e agitando bandeiras de Portugal, os manifestantes expressaram sua oposição à entrada de estrangeiros, que consideram como “ilegal” e “descontrolada”, exigindo o fim da imigração em massa e a deportação de imigrantes que cometem crimes.

O líder do Chega, André Ventura, marcou presença na manifestação. Durante seu discurso, ele criticou o aumento da imigração, afirmando que entre 10% a 15% da população de Portugal é composta por imigrantes.

“Estamos enfrentando uma imigração descontrolada. Aqueles que vêm de Marrocos, Síria, Nepal e Índia não estão fugindo de guerras atuais. Se não agirmos, um dia não haverá país que sobreviva”, disse Ventura.

Uma manifestação paralela, em defesa dos imigrantes, foi realizada no mesmo dia. Devido à realização simultânea dos protestos, a presença das forças policiais foi reforçada para prevenir possíveis confrontos. No entanto, à medida que os dois grupos se aproximavam, a tensão aumentou e os manifestantes do Chega começaram a entoar gritos de “reconquista”. Duas pessoas foram detidas.

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Brasileiros no topo da lista de imigrantes

De acordo com dados recentes da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima), o número de imigrantes em Portugal aumentou 33,6% no último ano, cerca de um décimo da população total. A comunidade brasileira lidera os números, com aproximadamente 368.500 pessoas que residem no país, seguidos por angolanos e cabo-verdianos. Outros grupos significativos incluem indianos e nepaleses.

Em resposta ao aumento da imigração, o governo moderado de direita decidiu endurecer sua política em junho, revogando uma norma de 2018 que permitia a regularização de imigrantes que demonstrassem trabalho contínuo por um ano, mesmo se entrassem ilegalmente no país. Atualmente, Portugal tem cerca de 400 mil pedidos de regularização não processados, que foram apresentados antes da alteração da lei.

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