Conflito na Ucrânia já deixou 368 mil refugiados, diz ONU
Invasão russa chegou ao quarto dia neste domingo; milhares de pessoas fugiram do país pelas fronteiras com a Polônia, Hungria, Romênia e Moldávia
![A Ukrainian mother walks with her daughter along the road from the Hungarian-Ukrainian border crossing near Beregsurany, Hungary, some 300 km from the Hungarian capital on February 25, 2022, as Ukrainian citizens have started to flee the conflict in their country one day after Russia launched a military attack on neighbouring Ukraine. - As Ukraine braces for a feared Russian invasion, its EU member neighbours are making preparations for a possible influx of hundreds of thousands or even millions of refugees fleeing military action. (Photo by ATTILA KISBENEDEK / AFP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/02/000_323X2QF.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Milhares de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas com a escalada do conflito na Ucrânia. Desde o início da invasão pela Rússia na última quinta, ao menos 368.000 pessoas fugiram do país e cruzaram a fronteira rumo a Polônia, Hungria, Romênia e Moldávia, segundo cálculo do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
De acordo com o comissário Filippo Grandi, governos e cidadãos dos países vizinho estão acolhendo os refugiados. “Se faz urgente partilhar, de maneira concreta, esta responsabilidade”, disse Grandi.
A capital ucraniana Kiev ainda não caiu para os russos, que, contudo, chegaram na madrugada deste domingo à segunda maior cidade do país, Kharkiv. Imagens que circulam na internet desde o início do domingo mostram os invasores a pé e em veículos blindados cruzando as ruas desertas da cidade que fica próxima à fronteira com a Rússia e a 480 quilômetros da capital. Também neste domingo emergiram nas redes vídeos de um gasoduto em chamas em uma região a 50 quilômetros da capital.
Os russos divulgaram que têm o domínio de ao menos três cidades. O governador ucraniano Oleh Synehubov pediu na manhã deste domingo para que as pessoas em Kharkiv não deixassem seus abrigos, dado que o inimigo e as forças de defesa travavam um intenso confronto no centro da cidade.
Também neste domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se dispôs a negociar um cessar-fogo, mas rejeitou a proposta russa de um encontro em Belarus, além de ter acusado seus inimigos de atacarem alvos civis no país. Zelensky falou em genocídio e fez um apelo ao tribunal de Haia para responsabilizar Vladimir Putin por crimes de guerra.