Conflito em Gaza deixou 392 crianças mortas, indica Unicef
Ao menos 370.000 menores precisarão de ajuda psicológica para curar traumas
Por Da Redação
5 ago 2014, 10h40
Mulher caminha com a filha pela Faixa de Gaza, após trégua acordada entre Israel e o Hamas (Finbarr OReilly/Reuters)
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A ofensiva militar de Israel contra o grupo terrorista Hamas e outras milícias da Faixa de Gaza provocou a morte de 392 crianças e deixou outras 2.502 feridas, conforme um balanço divulgado pela Unicef nesta terça-feira. O órgão das Nações Unidas calcula que 370.000 menores de idade precisam urgentemente de ajuda psicológica, em vista dos possíveis traumas sofridos durante a guerra. “A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico nas crianças. Se levarmos em conta o que estes números representam para a população de Gaza, é como se 200.000 crianças tivessem morrido nos Estados Unidos”, disse Pernille Ironside, chefe da Unicef na região.
Pernille ressaltou que não há luz elétrica e que os sistemas de água potável e saneamento básico não funcionam em Gaza. Há, portanto, o risco de crianças serem contaminadas com doenças transmissíveis e diarreia, o que pode ser fatal para menores de cinco anos. “Há pessoas que não têm acesso à água há várias semanas. Foram detectados problemas de pele e tememos que apareçam casos de diarreia, o que só provocaria mais mortes de crianças”, pontuou.
1/70 Soldados israelenses se preparam para deixar fronteira da faixa de Gaza, depois que um acordo de cessar-fogo foi firmado entre Israel e líderes do Hamas (Yannis Behrakis/Reuters/VEJA)
2/70 Soldados israelenses se preparam para deixar fronteira da faixa de Gaza, depois que um acordo de cessar-fogo foi firmado entre Israel e líderes do Hamas (Yannis Behrakis/Reuters/VEJA)
3/70 Garotos palestinos comemoram cessa-fogo em Gaza (Mohammed Salem/Reuters/VEJA)
4/70 Ônibus explode no centro de Tel Aviv em ataque terrorista (Nir Elias/Reuters/VEJA)
5/70 Explosão após ataque israelense na faixa de Gaza (Ahmed Jadallah/Reuters/VEJA)
6/70 Soldado israelense observa fumaça deixa por caças da Força Aérea durante testes ao norte da faixa de Gaza (Yannis Behrakis/Reuters/VEJA)
7/70 Na faixa de Gaza, vista aérea mostra prédio do Ministério de Segurança que foi destruído após bombardeio israelense (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
8/70 Em Israel, soldado evacua local atingido por um foguete lançado por militantes palestinos da Faixa de Gaza (AFP/VEJA)
9/70 Tropas de Israel na fronteira com a Faixa de Gaza aguardam para possível invasão (AFP/VEJA)
10/70 Palestino ferido após ataque aéreo israelense, em um edifício que também abriga escritórios de imprensa internacional, na Cidade de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
11/70 Judeu hassídico membro da seita Breslov, é carregado por um soldado israelense durante uma visita às tropas, perto da fronteira com a Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
12/70 Bombeiro em incêndio provocado por ataque aéreo israelense, em Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
13/70 Edifício palestino na Faixa de Gaza bombardeado após ataque aéreo do exército de Israel (Oliver Weiken/EFE/VEJA)
14/70 Soldado israelense dorme sobre um tanque-de-guerra próximo a fronteira com a Faixa de Gaza (Menahem Kahana/AFP/VEJA)
15/70 Míssil israelense lançado pelo sistema de mísseis de defesa Iron Dome para interceptar e destruir foguetes vindos da Faixa de Gaza (Uriel Sinai/Getty Images/VEJA)
16/70 Menino com rifle de brinquedo durante protesto em solidariedade aos palestinos, em frente à sede das Nações Unidas em Beirute (Jamal Saidi/Reuters/VEJA)
17/70 Palestino após ataque aéreo, na Cidade de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
18/70 Israelenses ao lado de veículo danificado por foguete lançado por militantes palestinos (Nir Elias/Reuters/VEJA)
19/70 Soldados israelenses oram na fronteira da Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
20/70 Palestino nos escombros da sua casa destruída por ataque aéreo, na Cidade de Gaza (Mohammed Saber/EPA/EFE/VEJA)
21/70 Meninas andam sobre escombros na Faixa de Gaza (Mohammed Salem/Reuters/VEJA)
22/70 Ehud Barak, ministro da defesa israelense , durante coletiva de imprensa no Domo de Ferro (Daniel Bar-On/Reuters/VEJA)
23/70 Soldados israelenses fazendo simulação de invasão por terra à Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters/VEJA)
24/70 Soldados israelenses simulam invasão por terra à Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters/VEJA)
25/70 Defesa civil palestina retira homem de escombros, na Cidade de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
26/70 Soldados israelenses preparam os tanques próximo à fronteira da Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
27/70 Israelenses após alerta de sirene, em Ashkelon (Nir Elias/Reuters/VEJA)
28/70 Manifestante demonstrando apoio aos palestinos, em Berlin (Marc Tirl/AFP/VEJA)
29/70 Manifestante protesta contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza em frente a embaixada israelense, em Atenas (John Kolesidis/Reuters/VEJA)
30/70 Manifestantes palestinos em frente a sede das forças de segurança palestinas, na Cisjordânia (Saif Dahlah/AFP/VEJA)
45/70 Palestinos buscam vítimas após ataque aéreo, na Cidade de Gaza (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
46/70 Policial do Hamas observa míssil, na Cidade de Gaza (Majdi Fathi/Reuters/VEJA)
47/70 Palestinos preparam corpo do militante do Hamas Shadi al-Sheir para o funeral (Mahmud Hams/AFP/VEJA)
48/70 Mísseis sendo lançados da Faixa de Gaza contra Israel, em 16/11 (Jaack Guez/AFP/VEJA)
49/70 Palestino caminha sobre destroços da sede do Hamas, bombardeada por mísseis israelenses (Mahmud Hams / AFP/VEJA)
50/70 Mulher corre para se proteger após ouvir sirenes de alerta, em Jerusalém (Baz Ratner/Reuters/VEJA)
51/70 Israelenses se protegem em hospital após ouvirem sirenes de alerta, em Jerusalém (Baz Ratner/Reuters/VEJA)
52/70 Carro de Ahmaed Jaabari, chefe da ala militar do Hamas, morto em ataque israelense, na Faixa de Gaza (Mahmud Hams/AFP/VEJA)
53/70 Bombeiros palestinos apagam incêndio causado por ataque aéreo, em Jabaliya, norte da Faixa de Gaza (Ali Ali/EFE/VEJA)
54/70 Jovens palestinos se escondem após confronto com soldados israelenses, na Cisjordânia (Abbas Momani/AFP/VEJA)
55/70 Fumaça sobe após ataque aéreo na Faixa de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
56/70 Mulher vê sua casa destruída após ataque aéreo na Faixa de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
57/70 Palestinos e israelenses entram em conflito em Gaza (Mohamad Torokman / Reuters/VEJA)
58/70 Bombeiros tentam extinguir fogo no prédio do Ministério do Interior palestino em Gaza, atingido por foguetes israelenses (Marco Longari/AFP/VEJA)
59/70 Bombeiros palestinos tentam apagar incêndio após ataque aéreo israelense contra o edifício do Ministério do Interior, na cidade de Gaza (Reuters/VEJA)
60/70 Fumaça produzida por ataque aéreo israelense em Gaza nesta sexta-feira (Jack Guez/AFP/VEJA)
61/70 Judeu ultra-ortodoxo passa por carro danificado após ataques em Israel (Amir Cohen/Reuters/VEJA)
62/70 Bombardeios israelenses duraram toda a noite na Faixa de Gaza (Ahmed Zakot/Reuters/VEJA)
63/70 Garoto chora em sua casa danificada pelos ataques israelenses, em Gaza (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
64/70 Fumaça é vista após bombardeio no norte da Faixa de Gaza (Ronen Zvulun/Reuters/VEJA)
65/70 Paramédicos palestinos atendem homem ferido em ataque israelense em Gaza (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
66/70 Foguete é lançado nesta quinta-feira a partir da Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
67/70 Explosão após ataque israelense à Gaza (Ali Hassan/Reuters/VEJA)
68/70 Explosão causada por ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza (Jack Guez/AFP/VEJA)
69/70 Foguete é lançado da Faixa de Gaza contra o sul de Israel (Said Khatib / AFP/VEJA)
70/70 Mulher israelense protestando contra os ataques da Faixa de Gaza, em Jerusalém (Gali Tibbon/AFP/VEJA)
Os bombardeios israelenses afetaram 142 escolas em Gaza, incluindo 89 instalações da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA). Além de provocar a morte de mais de 1.800 palestinos e 67 israelenses, os ataques à Gaza têm sido bastante criticados por atingir mesquitas, escolas e hospitais. Os militares, no entanto, afirmam que esses locais são usados pelo grupo fundamentalista palestino Hamas para guardar armamentos. O grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo.
Trégua – Com o cessar-fogo de 72 horas entre Israel e o Hamas em vigor, os palestinos foram às ruas e retomaram as atividades do cotidiano. Diversos comércios abriram as portas em Gaza para que a população pudesse fazer compras de primeira necessidade. As ruas estavam cheias de carros e transeuntes. Aproximadamente 300 caminhões com suprimentos e ajuda humanitária internacional, entre eles dez carregados com remédios e equipamentos médicos, entraram na Faixa. Os hospitais da região estão repletos de pacientes e com a infraestrutura muito danificada após os 29 dias de ofensiva militar. Muitos civis também se aglomeraram em seus entornos por acreditarem que as instalações seriam seguras.
Acredita-se que o número de vítimas pode aumentar nos próximos dias, quando começarão a ser removidos os escombros das milhares de casas que foram bombardeadas. Os danos são particularmente notáveis nas regiões norte e leste de Gaza, onde as forças israelenses utilizaram blindados para combater os terroristas do Hamas.
A reconstrução da Faixa de Gaza, cujos danos materiais foram avaliados em mais de 5 bilhões de dólares, levará anos para ser concluída e dependerá das negociações de uma trégua permanente entre os envolvidos. Israel aceitou ouvir propostas para acordar um cessar-fogo duradouro, mas ressaltou que a trégua de 72 horas não colocou um fim ao conflito. “O ônus está com o Hamas”, disse o porta-voz do governo israelense Mark Regev à rede americana CNN. “Estamos entrando nisso com os olhos abertos. Já fomos enganados mais de uma vez”. Do lado do Hamas, o discurso é semelhante: “Contanto que Israel honre o acordo, os palestinos também vão honrar”, disse o porta-voz Osama Hamdan.
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