A condenação de um médico paquistanês a 33 anos de prisão por ter ajudado a CIA a encontrar Osama bin Laden “não colabora” para a melhoria da relação entre Paquistão e Estados Unidos, comentou neste domingo o secretário de Defesa americano, Leon Panetta.
“É perturbante ver a condenação desse médico por ter ajudado a rastrear o terrorista mas tristemente conhecido de nosssa época. Esse doutor não trabalhava contra o Paquistão, e sim contra a Al-Qaeda”, disse Panetta ao canal de TV ABC.
Para Panetta, diretor da CIA na época do ataque a Bin Laden, a reação de Islamabad “não colabora com os esforços para tentar restabelecer uma relação entre Estados Unidos e Paquistão”.
O cirurgião Shakeel Afridi foi condenado na última quarta-feira por um tribunal de seu país, por ter ajudado a CIA a encontrar Bin Laden, assassinado há mais de um ano por um comando americano no norte do Paquistão.
O ataque que vitimou o terrorista prejudicou ainda mais a relação entre Washington e Islamabad, oficialmente uma aliada na luta contra o terrorismo. “A relação com o Paquistão é uma das mais complicadas que temos, mas devemos trabalhar, é importante. É um país que possui armas nucleares”, assinalou Panetta.