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Conclave perde segundo cardeal por motivo de saúde; 133 votarão no sucessor do papa

O primeiro a desistir foi o espanhol Antonio Cañizares, também por razões de saúde

Por Ernesto Neves Atualizado em 29 abr 2025, 12h48 - Publicado em 29 abr 2025, 12h44

O número de cardeais com direito a voto no conclave que escolherá o sucessor do papa Francisco caiu de 135 para 133, após duas desistências por motivos de saúde. A mais recente ausência foi anunciada nesta terça-feira (29) pelo Vaticano, sem a divulgação do nome do cardeal.

A suspeita, no entanto, recai sobre o bósnio Vinko Puljic, cuja saúde frágil já havia levantado dúvidas sobre sua participação. Na semana passada, ele chegou a confirmar presença após liberação médica.

O primeiro a desistir foi o espanhol Antonio Cañizares, também por razões de saúde, conforme já havia sido informado pela Santa Sé. O conclave está marcado para começar no dia 7 de maio.

Embora o direito canônico estipule o limite de 120 eleitores, esse número pode ser superado a critério do papa, como já ocorreu em outras ocasiões. Francisco, por exemplo, nomeou 21 novos cardeais em dezembro de 2024, prevendo a saída de 14 integrantes do Colégio Cardinalício que completarão 80 anos em 2025 — idade a partir da qual os cardeais perdem o direito de votar.

Somente cardeais com menos de 80 anos podem participar da votação. Dois deles, Antonio Cañizares (Espanha) e Vinko Puljic (Bósnia), ambos com 79 anos, anunciaram que não participarão do conclave por razões de saúde, reduzindo o número total de eleitores de 135 para 133.

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Atualmente, o Colégio Cardinalício é composto por 252 cardeais, mas apenas os mais jovens — os chamados “eleitores” — participam da escolha do novo papa. Desses 133, 108 (ou 81%) foram nomeados durante o pontificado de Francisco, o que pode indicar uma tendência de continuidade em relação ao perfil progressista do argentino — embora a eleição seja, por natureza, imprevisível.

Desde a morte do primeiro papa latino-americano, os cardeais vêm se reunindo diariamente a portas fechadas na sala Paulo VI, também no Vaticano. Nessas “congregações gerais”, são discutidas as prioridades da Igreja para os próximos anos. Os encontros já abordaram temas como evangelização, o papel da Igreja na promoção da paz e o enfrentamento aos abusos sexuais cometidos por membros do clero.

A votação acontece sob rigoroso sigilo. Durante o conclave, os cardeais ficam isolados, sem acesso a celulares, internet ou à imprensa. A eleição do novo papa exige pelo menos dois terços dos votos. O resultado é anunciado pela tradicional fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina, seguida da proclamação “Habemus papam”.

Embora, em teoria, qualquer homem batizado e celibatário possa ser eleito papa, todos os pontífices desde 1378 saíram do próprio colégio de cardeais.

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