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Conclave para eleger sucessor de papa Francisco já tem data

Processo secreto não tem período de duração pré-definido, mas os últimos correram por apenas dois dias

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 abr 2025, 09h02 - Publicado em 28 abr 2025, 08h16

Os cardeais católicos escolheram 7 de maio como a data para iniciar o conclave, processo secreto para a eleição do sucessor de papa Francisco, informou o Vaticano nesta segunda-feira, 28.

A data foi decidida durante uma reunião a portas fechadas entre os cardeais no Vaticano, chamada “congregação”, a primeira desde o funeral do falecido pontífice no sábado 26, segundo a Reuters.

Dos membros do Colégio Cardinalício, 135 cardeais do mundo inteiro têm direito a voto; quando começar o processo, eles se reunirão na Capela Sistina, sem acesso ao mundo externo, para decidir quem deve ser o próximo líder da Igreja Católica e pastorear o rebanho de 1,4 bilhão de fiéis.

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Os dois conclaves anteriores, realizados em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias.

Papa Francisco morreu na última segunda-feira 21, aos 88 anos, de derrame e insuficiência cardíaca. Ele foi sepultado no sábado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em um túmulo simples, segundo solicitou em seu testamento, após um funeral nos degraus da Basílica de São Pedro, que atraiu chefes de Estado, membros da realeza e mais de 200 mil peregrinos para homenagens.

Na tarde de domingo, alguns cardeais visitaram o túmulo de mármore no templo mariano, com a inscrição “Franciscus” e uma cruz de ferro, para prestar homenagem ao falecido pontífice. Mais de 70 mil pessoas passaram pela tumba na basílica.

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Como funciona um conclave?

Todas as vezes que um papa morre – ou renuncia ao cargo –, os cardeais se reúnem a portas fechadas para a realização do conclave, que em latim significa literalmente “com chave”, ou seja, algum ambiente totalmente fechado. O ritual ocorre há oito séculos em Roma.

O Colégio de Cardeais é formado por 252 religiosos. Pelas regras da Igreja Católica, somente os cardeais com menos de 80 anos participam da eleição e somente 135 deles devem votar no conclave. Sete dos oito cardeais brasileiros estão na lista dos que podem ajudar a eleger o novo papa.

De acordo com as regras da Igreja Católica, os cardeais podem fazer até quatro votações por dia, sendo duas pela manhã e duas à tarde. Caso não haja um escolhido após três dias, os padres estão liberados para fazer uma pausa de 24h para orações. Outra pausa pode ser convocada caso haja mais de votações sem um eleito.

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Se por um acaso nenhum nome for escolhido após 34 votações sem consenso, os dois padres mais votados até o momento disputarão um segundo turno, mas ainda assim dois terços do Colégio precisam chegar ao consenso de um único cardeal para ser nomeado o novo pontífice.

Os favoritos para o cargo

Não se sabe ainda qual será o perfil do novo papa. Tudo indica que será parecido com o de Francisco, que abriu as portas da igreja para a diversidade, a exclusão e a pobreza.

No entanto, a disputa para a escolha do novo papa tende a ser acirrada. Vários outros nomes aparecem na lista de cotados ao cargo. Se dependesse de Francisco, o novo papa teria o perfil parecido com o do cardeal Peter Turkson, de Gana, que é arcebispo de Costa do Cabo. É um dos mais antenados com a pobreza, direitos humanos e questões climáticas. Turkson é conhecido por ser tão progressista quanto Francisco.

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Da França, o nome mais comentado é o do cardel Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha. Na Itália, um dos nomes que apareceram no noticiário como forte na disputa é o atual secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin. O cargo dele é o segundo mais importante na hierarquia do Vaticano. Parolin foi o primeiro cardeal nomeado por Francisco.

Também da Itália, outro cardeal com chances de virar papa é Matteo Mariz Zuppi, arcebispo de Bolonha, outro que foi nomeado por Francisco. Há outro italiano forte na disputa: o cardeal Pierbattista Pizzaballa, que foi nomeado patriarca latino de Jerusalém. Ele recebeu elogios no Vaticano por pregar o diálogo entre judeus, muçulmanos e cristãos, tão necessário nesta época de extremismos religiosos. Também na disputa aparece o nome do filipino Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila. Da Hungia, surgiu o nome do arcebispo de Esztergom-Budapeste Péter Erdo.

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