Como será o cronograma do conclave, que começa nesta quarta-feira
A expectativa é que a votação que elegerá o novo papa dure de dois a três dias, segundo os cardeais

O Vaticano divulgou na segunda-feira 5 detalhes do cronograma do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril aos 88 anos. A escolha do novo papa começa nesta quarta-feira 7, e a expectativa é que a votação dure de dois a três dias, segundo os cardeais.
Na segunda-feira, aconteceu o juramento dos oficiais e funcionários do Conclave na Capela Paulina, localizada dentro do Palácio Apostólico Vaticano. Previsto na constituição apostólica Universi Dominici Gregis, o juramento tem como objetivo evitar o vazamento de informações internas.
Na quarta-feira, às 10h locais (5h no horário de Brasília), o conclave começa, de fato, com a celebração da Missa Pro Eligendo Pontifice (Missa para a escolha do pontífice), que será presidida pelo italiano Giovanni Battista Re, chefe do colégio cardinalício, na Basílica de São Pedro.
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Antes do início da votação, acontece o extra omnes (“todos fora”, em latim), que indica que todas as pessoas não envolvidas diretamente no processo de eleição devem deixar a Capela Sistina. Em seguida, às 12h (no horário de Brasília), os cardeais darão início às votações.
Quanto tempo dura a votação?
Não há uma data certa para a escolha do novo papa, mas os dez últimos conclaves levaram, em média, cerca de três dias — e nenhum ultrapassou cinco. As eleições mais recentes, que elegeram Bento XVI em 2005 e Francisco em 2013, terminaram em apenas dois dias.
Após o primeiro dia de votação, caso seja preciso e até que um novo papa seja eleito, serão realizadas duas votações pela manhã e outras duas votações durante a tarde, segundo o Vaticano.
Acontecerá uma pausa de 24 horas para orações caso a Igreja continue sem um papa eleito após o terceiro dia de Conclave. Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem consenso. Em caso de 34 votações sem um candidato eleito, os dois mais votados da última rodada participarão de um segundo turno, mas ainda precisarão obter dois terços dos votos para ser eleito.
“No final de cada sessão de votação, as cédulas são queimadas e ocorre a tradicional defumação: (fumaça) preta, não eleito; branca, eleito”, informou a Santa Sé ao anunciar que o cardeal francês Dominique Mamberti, atual prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, será o responsável por proclamar ao mundo a eleição do próximo papa com a solene frase “Habemus Papam”.
O conclave de 2025 deveria reunir 135 cardeais eleitores, mas apenas 133 participam do rito. Dois representantes não poderão votar por motivos de saúde: o cardeal John Njue, do Quênia, e o cardeal Antonio Cañizares Llovera, de Valência, na Espanha.