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Com sistema de saúde em colapso, Índia supera 15 milhões de casos de Covid

De acordo com Ministério da Saúde, 20 dos 36 estados e territórios 'apresentam uma trajetória ascendente de novos casos'

Por Redação 20 abr 2021, 18h46

Segundo país do mundo mais afetado pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, a Índia continua registrando números recordes de infecções. Nesta terça-feira, o país superou 15 milhões de casos, chegando ao sexto dia consecutivo com mais de 200.000 casos registrados em 24 horas, em meio a uma situação cada vez mais grave nos hospitais do país, que sofrem com a falta de leito, oxigênio e remédios essenciais.

O país asiático registrou um novo recorde diário de 273.810 casos da Covid-19 e diversos estados alertaram sobre a situação crítica de seus sistemas de saúde. A capital, nova Délhi, anunciou um confinamento de uma semana para tentar diminuir a pressão sobre hospitais.

De acordo com o Ministério da Saúde, 20 dos 36 estados e territórios “apresentam uma trajetória ascendente de novos casos”, embora a grande maioria esteja concentrada em dez regiões, que correspondem a 77,6% das infecções diárias, como os estados de Maharashtra, Uttar Pradesh, e a capital Nova Délhi, com mais de 110 mil casos acumulados.  

O país vê a campanha de vacinação como a sua maior arma para escapar da pandemia, tendo anunciado na última segunda-feira que toda a população maior de 18 anos está apta para receber as doses dos imunizantes. Desde o início do processo, em janeiro, 127 milhões de vacinas já foram aplicadas.  

Colapso do sistema de saúde

Com a crescente de novos casos, o governo indiano precisou agir para evitar um colapso no seu sistema de saúde. Na segunda-feira, a capital indiana, que entrou em lockdown, se somou a cerca de 13 estados de todo o país que decidiram impor restrições, toques de recolher ou lockdowns em suas cidades, incluindo Maharashtra, o estado indiano mais rico, e Gujarat. A cidade industrial de Ahmedabad também enfrenta escassez de leitos.

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Um lockdown com duração de uma semana começou a ser implementado em Nova Délhi, lar de cerca de 20 milhões de habitantes. 

“Se não fizermos um confinamento agora a tragédia será maior. Não podemos empurrar nossa capital a uma situação em que os pacientes esperem nos corredores e as pessoas morram nas estradas”, disse o chefe de governo local, Arvind Kejriwal, em discurso televisionado.  

Os comércios essenciais poderão continuar abertos, ao mesmo tempo que várias categorias de profissionais foram deixadas de fora do decreto. Os casamentos também permanecem liberados, porém com limitação de 50 pessoas por cerimônia. Um dos motivos da demora para começar um novo lockdown foi a situação do ano passado, quando milhões de trabalhadores sem dinheiro vindos das zonas rurais ficaram presos nas grandes cidades sem a possibilidade de retornar aos seus lares por conta do bloqueio dos transportes.

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Apesar disso, Kejriwal afirmou que, se todos os dias 25.000 novos indianos chegarem aos hospitais, o sistema de saúde irá ruir. De acordo com a mídia indiana, Nova Délhi possui apenas 33 leitos de UTI disponíveis em seus hospitais, de um total de mais de 4.500. Além disso, mais de 300 locais com suporte de oxigênio foram criados na capital, sendo todos eles preenchidos quase que instantaneamente.

Com a queda do número de casos e mortes em setembro, a Índia pensou que o pior já tinha passado. O Ministro da Saúde, Harsh Vardhan, chegou a dizer em março que o país estava na parte final, ainda que no mesmo mês o número de casos em Maarastra tenha triplicado.  

“O aumento de infecções veio como uma tempestade e uma enorme batalha nos aguarda”, disse o primeiro-ministro Narendra Modi em discurso à nação nesta terça-feira.

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Apesar de novas medidas de isolamento, a população indiana registra altos índices de aglomeração por conta de eleições regionais em cinco estados diferentes e também por causa do festival Khumba Mela, importante dentro do hinduísmo. 

No estado de Bengala, comitês políticos abarrotados e pouco, ou nenhum, distanciamento social geraram polêmica, embora alguns políticos tenham anunciado nos últimos dias o cancelamento de atos eleitorais ou a diminuição da capacidade do público.

A crise sanitária também levou nesta terça-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a cancelar uma viagem planejada à Índia, prevista para a próxima semana.

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