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Com proximidade de fim de prazo de sanções, Irã e Europa retomam diálogo nuclear

Encontro foi o primeiro presencial desde que os Estados Unidos e Israel bombardearam instalações nucleares iranianas no mês passado

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jul 2025, 15h56

Com a aproximação do fim do prazo de uma resolução das Nações Unidas que impõe limites ao programa nuclear iraniano, diplomatas do Irã e de potências europeias se reuniram nesta sexta-feira, 25, em Istambul, para a primeira rodada presencial de negociações desde os bombardeios lançados por Estados Unidos e Israel contra instalações nucleares iranianas no mês passado.

Durante o encontro, foram discutidas propostas para reativar o acordo nuclear de 2015 — abandonado unilateralmente pelos EUA em 2018 — e evitar a retomada automática de punições econômicas ao Irã. Teerã, no entanto, já havia rechaçado, antes da reunião, qualquer possibilidade de prorrogação da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que sustenta juridicamente o pacto.

A medida expira em 18 de outubro. Caso nenhuma ação diplomática seja tomada até 30 dias antes desse prazo, todas as sanções da ONU contra o Irã serão suspensas automaticamente. As potências europeias tentam impedir que isso ocorra e pressionam por um avanço concreto até o fim de agosto.

Durante cerca de quatro horas, representantes do Irã se reuniram com delegações da União Europeia e do grupo E3 — formado por França, Alemanha e Reino Unido. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as conversas podem abrir caminho para a retomada das inspeções nucleares em território iraniano, suspensas após os ataques recentes.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Kazem Gharibabadi, afirmou que ambas as partes apresentaram ideias concretas relacionadas à questão nuclear e ao possível alívio de sanções. “Criticamos duramente suas posturas diante da agressão recente contra nosso povo e deixamos claras nossas posições, inclusive sobre o chamado mecanismo de snapback“, disse, em referência ao dispositivo que pode reativar sanções automaticamente.

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O acordo de 2015, assinado por Irã, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China, previa a suspensão de sanções em troca de limites ao programa nuclear iraniano. Com a saída dos EUA em 2018, sob o governo de Donald Trump, o pacto perdeu força.

Agora, diplomatas afirmam que o Irã tem até o fim de agosto para demonstrar avanços concretos, como permitir o retorno de inspetores da AIEA e mostrar disposição para retomar o diálogo com Washington, a fim de viabilizar uma extensão do prazo da ONU por até seis meses.

Entre as exigências dos europeus está a cooperação total com a agência nuclear da ONU e explicações sobre o paradeiro de cerca de 400 quilos de urânio altamente enriquecido, em grau próximo ao bélico, cujo destino permanece desconhecido desde os ataques aéreos.

Antes dos ataques de junho, os EUA haviam realizado cinco rodadas de negociações com o Irã. Após os bombardeios, o presidente Donald Trump afirmou que eles “obliteraram” as instalações do programa que, segundo Washington e Tel Aviv, tinha como objetivo a construção de uma bomba nuclear. Teerã, por sua vez, nega qualquer intenção de desenvolver armamento atômico e sustenta que seu programa tem fins exclusivamente civis.

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