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Com maior queda na história, população do Japão encolhe pelo 14º ano consecutivo

Mesmo com bilhões investidos para incentivar a natalidade, Tóquio e Saitama são as únicas regiões que cresceram, enquanto o restante do país envelhece

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 abr 2025, 15h50 - Publicado em 15 abr 2025, 15h49

O Japão acaba de registrar a maior queda populacional da história desde o início das medições comparáveis, em 1950. De outubro de 2023 a outubro de 2024, a população japonesa caiu 898 mil pessoas — todas cidadãs japonesas — levando o número total para 120,3 milhões, segundo dados oficiais divulgados na segunda-feira 14.

Se somados os estrangeiros, o total chega a 123,8 milhões. Mas ainda assim, um encolhimento de 550 mil habitantes.

Das 47 províncias japonesas, apenas duas — Tóquio e a vizinha Saitama — registraram crescimento populacional no último ano. A província de Akita, no norte do país, liderou a lista das que mais perderam habitantes.

Crise demográfica

Com uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo, o país asiático já sente os impactos da crise demográfica: redução da força de trabalho, retração do consumo e pressão crescente sobre um sistema social cada vez mais dependente de uma população idosa.

“Entendemos que a queda na taxa de natalidade continua porque muitas pessoas que gostariam de ter filhos não conseguem realizar esse desejo”, afirmou o secretário-chefe do Gabinete, Yoshimasa Hayashi, em coletiva de imprensa.

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Segundo ele, a principal barreira é econômica. Para enfrentar o problema, o governo japonês tenta aumentar os salários dos jovens e oferece apoio para os cuidados com as crianças.

Medidas do governo

Em 2023, o então premiê Fumio Kishida anunciou um pacote anual de 3,5 trilhões de ienes (cerca de R$ 115 bilhões) destinado a apoiar famílias. No entanto, os efeitos ainda não foram sentidos na prática.

Desde que atingiu seu pico demográfico em 2008, o Japão não parou mais de encolher. Embora tenha recorrido a jovens estrangeiros como alternativa para suprir a escassez de mão de obra, o país mantém uma política de imigração restritiva, permitindo a entrada de trabalhadores apenas de forma temporária.

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