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Com exército enfraquecido, Zelensky autoriza alistamento de pessoas com mais de 60 anos

Medida permite que idosos se juntem às Forças Armadas durante período de lei marcial, desde que aptos e com aprovação médica

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jul 2025, 17h00

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sancionou nesta terça-feira, 29, uma nova lei que permite o alistamento voluntário de cidadãos com mais de 60 anos durante o período de lei marcial. Aprovada pelo parlamento no último dia 16, a medida tenta ampliar o contingente militar do país, esgotado após mais de dois anos de guerra com a Rússia.

Segundo o texto publicado no site do parlamento, os voluntários deverão passar por exames médicos e receber aprovação do comandante da unidade em que desejam servir. O contrato inicial terá duração de um ano e poderá ser renovado enquanto a lei marcial estiver em vigor. Não há limite máximo de idade.

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Os novos recrutas serão direcionados principalmente a funções administrativas, técnicas e de apoio logístico, fora da linha de frente. Já os que pretendem atuar como oficiais precisarão do aval direto do Estado-Maior das Forças Armadas ou de uma autoridade militar equivalente. Todos passarão por um período de experiência de dois meses e poderão ser dispensados caso não atendam aos critérios estabelecidos. Com o fim da lei marcial, os contratos serão automaticamente encerrados.

Dificuldades no recrutamento

A decisão de liberar o alistamento de idosos acontece em um momento crítico para as Forças Armadas ucranianas, que enfrentam crescente dificuldade para repor as baixas em combate. Desde o início de 2024, o governo reduziu de 27 para 25 anos a idade mínima para recrutamento obrigatório e lançou programas com incentivos financeiros, moradia e bolsas de estudo.

Em entrevista ao jornal Ukrainska Pravda no ano passado, o deputado e coronel Roman Kostenko — atualmente em combate no sul do país — afirmou que a idade média dos soldados ucranianos já supera os 40 anos, podendo chegar a 45. “Esses não são dados oficiais, mas refletem o que vejo no campo de batalha”, disse ele.

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Ao mesmo tempo, os aliados ocidentais pressionam Kiev para reduzir a idade de recrutamento para 18 anos. Em resposta, o governo lançou uma iniciativa de recrutamento voltada a jovens de 18 a 24 anos, iniciada em fevereiro deste ano. O programa oferece um bônus de 200 mil hryvnias (cerca de R$ 26 mil), salários mensais começando em R$ 15,6 mil e diversos benefícios — como moradia gratuita, assistência médica e odontológica e viagens para o exterior após um ano de serviço.

Escalada do conflito

A sanção da lei ocorre em meio à intensificação dos ataques russos. Na noite desta segunda-feira, 28, uma colônia penal na cidade de Bilenke, na região de Zaporizhzhia, foi atingida por bombas russas, matando ao menos 22 pessoas, entre elas uma mulher grávida. O presidente Zelensky classificou o ataque como “deliberado e intencional” contra civis.

A ofensiva aconteceu poucas horas depois de o presidente americano, Donald Trump, anunciar que reduzirá de 50 para “dez ou doze dias” o prazo dado ao líder russo Vladimir Putin para encerrar o conflito.

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