Com alta de casos de Covid, Alemanha anuncia restrições para Ano Novo
Decisão foi anunciada por chanceler Olaf Scholz em meio à perspectiva de que variante ômicron será dominante no país em questão de semanas
Em meio à perspectiva de que a variante ômicron do coronavírus será a dominante no país em questão de semanas, o governo da Alemanha anunciou na terça-feira, 21, novas medidas de restrição antes das festas de Ano Novo.
Entre as medidas está a restrição de festas, reuniões familiares e atos públicos, até mesmo para quem já está vacinado. Para reuniões privadas, o limite é de dez pessoas, sem contar menores de 14 anos.
“Não podemos fechar nossos olhos para a próxima onda. O coronavírus não vai tirar folga de Natal”, afirmou o chanceler Olaf Scholz. Ele ressaltou que com “comportamento responsável da maioria das famílias”, é possível fazer com que as celebrações “não acelerem os contágios”.
As restrições vigentes, orientadas aos não vacinados, continuarão no nível atual até o próximo fim de semana, quando será celebrado o Natal. Depois, em 28 de dezembro, entram em vigor as regras mais rígidas, que miram também os grandes eventos. Jogos de futebol, por exemplo, não terão mais público e serão fechadas boates e clubes.
Segundo Scholz, as medidas adotadas há poucas semanas, que isolaram os não vacinados das atividades não essenciais, restaurantes e vida social, “surtiram efeito”. Do recorde de incidência de 485 casos a cada 100.000 habitantes em uma semana em novembro, o número caiu para 306 infecções, aliviando a situação em hospitais.
Atualmente, 70,4% da população estão com o esquema vacinal completo. Na terça-feira, o país registrou 23.428 novos casos, incluindo 462 mortes. Ao todo, soma 108.814 mortes desde o início da pandemia.
Ainda assim, o chanceler teme um cenário como o da Dinamarca, onde na terça-feira foi registrado um novo recorde de contágios em um dia: 13.558 casos em um país de 5,8 milhões de habitantes. No país vizinho, 44% dos casos são ligados à variante ômicron.
Também na região, na Áustria, o número de infecções ligadas à variante ômicron aumentou 467% em uma semana, de 12 a 19 de dezembro, preocupando autoridades.