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China envia chanceler à Rússia para negociações na área de segurança

Visita de Wang Yi ocorre após a reunião entre Putin e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que pode resultar num acordo de venda de armas a Moscou

Por Da Redação
18 set 2023, 09h21

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, inicia nesta segunda-feira, 18, uma viagem de quatro dias à Rússia para negociações na área de segurança. A visita ocorre enquanto Moscou intensifica a busca por apoio contínuo durante a sua guerra contra a Ucrânia, e logo após uma reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega norte-coreano, Kim Jong-un.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse que Wang estará na Rússia por quatro dias para “consultas estratégicas de segurança”. Já a agência estatal de notícias russa Tass, citando o Kremlin, afirmou que o chanceler se encontrará com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, e que a guerra na Ucrânia seria um tema-chave das negociações.

Os dois diplomatas também discutirão “a expansão das forças e infra-estruturas da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] na região Ásia-Pacífico” e o fortalecimento da sua coordenação em fóruns internacionais, como as Nações Unidas.

Além disso, a mídia russa reportou que a viagem de Wang também prepara o terreno para que Putin faça, em breve, uma visita histórica a Pequim.

No início deste mês, o chefe do Kremlin disse que deseja encontrar-se com o presidente chinês, Xi Jinping, mas não disse quando. Putin não viaja ao exterior desde que o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitiu um mandado de prisão contra ele, em março, por crimes de guerra na Ucrânia.

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Aliada próxima de Moscou, Pequim é acusada de apoiar indiretamente a Rússia no conflito, visto pela esmagadora maioria da comunidade internacional como ilegal e injustificado. O governo chinês nega a acusação.

A visita de Wang ocorre após uma reunião entre Putin e o líder da Coreia do Norte, Kim, que pode resultar num acordo para vender armas a Moscou. Segundo os Estados Unidos, a Rússia enfrenta uma escassez de armas e munições, e tem aliados limitados a quem recorrer.

A Rússia e a Coreia do Norte disseram, na semana passada, que conversaram sobre “cooperação militar” e ajuda russa ao programa de satélites de Pyongyang.

Quando questionado sobre a visita de Kim, o Ministério das Relações Exteriores da China se recusou a comentar, dizendo apenas que era “algo entre os dois países”. No entanto, analistas acreditam que qualquer cooperação entre a Coreia do Norte e a Rússia só pode acontecer com o conhecimento – ou mesmo com o consentimento – da China, dados os laços estreitos de Pequim com os dois países.

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As relações passam pela ideologia socialista compartilhada, bem como da desconfiança em relação ao Ocidente (especialmente os Estados Unidos), mas também têm importante faceta econômica. Há muito tempo, Pequim é a tábua de salvação económica de Pyongyang através do comércio e, no ano passado, começou a desempenhar o mesmo papel para Moscou através da compra de petróleo e gás russos, sancionados pelas nações ocidentais.

Um relatório de inteligência dos Estados Unidos, divulgado em julho, disse que a China está “procurando uma variedade de mecanismos de apoio econômico para a Rússia que mitiguem tanto o impacto das sanções ocidentais como os controles de exportação” de produtos russos.

A visita de Wang à Rússia também ocorre um dia depois de seu encontro com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em Malta. Além da relação sino-americanas, os dois homens também discutiram a segurança na região da Ásia-Pacífico e a guerra na Ucrânia.

Os Estados Unidos podem tentar negociar com China para pressionar a Coreia do Norte a interromper um possível acordo de venda de armas, mas não é provável que Pequim escute Washington. O governo chinês, neste ano, presentou o seu próprio plano de paz para a Ucrânia, quando Wang visitou Moscou pela última vez e se encontrou com Putin.

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