China e Rússia são países preocupantes para o G7
Grupo busca unidade contra os possíveis “agressores” e faz um apelo para a redução da dependência de governos autoritários
Os ministros das relações exteriores do G7, grupo das sete economias mais ricas e industrializadas, demonstraram preocupação neste final de semana com as políticas econômicas da China e de uma eventual ostensiva russa sobre a Ucrânia em reunião realizada neste final de semana em Liverpool, na Inglaterra. O grupo busca unidade contra os possíveis “agressores” e faz um apelo para a redução da dependência estratégica e aumento da segurança contra governos autoritários.
O G7, grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, expressaram apoio à Ucrânia e indicaram uma frente unida para enfrentamento de um possível ataque russo. O movimento das tropas russas para a fronteira entre os países aumentou as especulações de uma possível invasão. Embora a Rússia negue o planejamento de qualquer ataque, é crescente a preocupação internacional de uma ostensiva ao território.
Os países demonstraram apoio ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de advertir o país com sanções econômicas, mas não houve consenso de aplicação de penalidades no oleoduto Nord Stream 2, que prevê dobrar o fornecimento de gás para a Alemanha, comprometida com a transição energética. O gasoduto é controverso e, segundo críticos, ele aumenta a dependência energética da Europa em relação à Rússia.
Além da Rússia, que dominou o debate da reunião, a China foi mencionada diversas vezes na conversa. O crescimento vertiginoso da China e maior dependência global dos países em detrimento do asiático, tem preocupado os líderes globais. Há 40 anos atrás, a economia chinesa era menor que de muitos países europeus, como da Itália, e hoje é a segunda maior economia do mundo. Os representantes dos países do G7 se mostraram preocupados com as políticas econômicas coercitivas da China, e o grupo busca agir coordenadamente para conter a desinformação do país, visando o estabelecimento da paz no estreito de Taiwan e no apoio a Lituânia.
Enquanto isso, países se reúnem em um boicote diplomático às Olimpíadas de Inverno de Pequim, em represália à atuação chinesa no tocante às questões de direitos humanos com seu povo. O boicote começou com Estados Unidos, e agora conta com apoio de Canadá, Austrália, e Reino Unido.
*Com informações de Reuters.