China e EUA devem estabilizar relações para evitar conflito, diz chanceler
Ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, se encontrou com embaixador americano em Pequim nesta segunda-feira
![WASHINGTON, DC - OCTOBER 13: Chinese ambassador to the United States Qin Gang makes statement at an online symposium jointly held by Chinese Embassy and Consulates General in the US to commemorate the 110th anniversary of the Revolution of 1911, on October 13, 2021 in Washington, DC. (Photo by Chen Mengtong/China News Service via Getty Images)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/01/GettyImages-1347483321.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, destacou nesta segunda-feira, 8, que é imperativo estabilizar as relações entre China e Estados Unidos, após uma série de “palavras e ações errôneas” tensionarem os laços entre os países.
Em uma reunião com o embaixador americano em Pequim, Nicholas Burns, Qin enfatizou que os Estados Unidos precisam corrigir a maneira de lidar com a questão de Taiwan e impedir o esvaziamento da política de China única.
“A principal prioridade é estabilizar relações sino-americanas, evitar uma espiral descendente e impedir quaisquer acidentes entre China e Estados Unidos”, disse Qin a Burns, segundo comunicado da Chancelaria chinesa.
A fala segue alertas do próprio chanceler de que EUA e China estão caminhando para um conflito inevitável se Washington não mudar sua abordagem em relação a Pequim.
“Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma proteção poderá impedir o descarrilamento, e certamente haverá conflito e confronto”, afirmou Qin recentemente.
Os Estados Unidos são o fornecedor internacional de armas mais importante de Taiwan e o crescente apoio dos americanos à ilha está aumentando as tensões na região. A China, por sua vez, condena a presença americana na região e reivindica Taiwan como parte do seu território. Militares chineses não rejeitam o uso da força para assumir o controle da ilha, caso seja necessário. O governo taiwanês rejeita essas reivindicações e afirma que somente seu povo pode decidir seu futuro.
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Em resposta, e depois de uma tensa visita da então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taipei, Pequim fechou canais formais de comunicação com os EUA, incluindo um entre seus Exércitos.
Embora a tensão entre as duas superpotências tenha diminuído relativamente no ano passado, quando Joe Biden e Xi Jinping se encontram em uma cúpula do G20 e prometeram um diálogo mais frequente, tensões voltaram a crescer em fevereiro quando um balão chinês surgiu no espaço aéreo americano.