Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

China arrisca recessão (e afetar a economia mundial) devido a lockdowns

Relatório do banco japonês Nomura mostra que um terço da população do país, equivalente a US$ 7,2 trilhões do PIB anual do país, está em isolamento

Por Amanda Péchy
Atualizado em 14 abr 2022, 11h06 - Publicado em 14 abr 2022, 10h47

Quase 400 milhões de pessoas estão trancadas em casa na China. Essa é a estimativa do banco japonês Nomura, que alerta que o lockdown em 45 cidades chinesas afeta cerca de um terço da população – e cerca de US$ 7,2 trilhões (R$ 34 trilhões) do PIB anual do país.

Cidadãos chineses estão sendo enviados em massa para instalações de isolamento ou foram instruídos a ficar em suas casas. As atividades diárias normais foram pausadas em todo o país na tentativa de rastrear as infecções pelo coronavírus e acabar com o pior surto na China desde o início da pandemia.

A estratégia apelidada de “Covid-zero” está cada vez mais em desacordo com as medidas sanitárias que passaram a ser aplicadas no resto do mundo após a vacinação em massa contra a doença, mas também vai contra as próprias expectativas de crescimento econômico do gigante asiático.

A meta de 5,5% de crescimento para 2022 parece fora de alcance com as atividades econômicas congeladas. Li Keqiang, o primeiro-ministro do país pediu na segunda-feira 11 para as autoridades sanitárias equilibrarem as medidas de controle da pandemia com a necessidade de incentivar o crescimento.

+ China acusa EUA de usar oposição a lockdown de Xangai como arma política

Continua após a publicidade

A China registrou mais de 350.000 casos de coronavírus de transmissão local desde março, quando começou o surto mais recente.

O país ainda busca erradicar completamente o vírus, por preocupações com sua população mais velha e que não foi vacinada. Cerca de 40 milhões de pessoas com mais de 60 anos não receberam o imunizante contra a Covid-19.

O congelamento da economia chinesa já está começando a ter impacto na cadeia global de suprimentos, já que as fábricas de iPhones, carros elétricos e semicondutores – algumas das coisas sem as quais é difícil imaginar a vida hoje – interromperam as operações. Além disso, materiais e equipamentos não podem ser transportados dos portos para as fábricas devido a bloqueios nas estradas e requisitos rigorosos de testagem para o vírus.

Continua após a publicidade

A Pegatron, grande produtora do iPhone, disse esta semana que duas de suas fábricas na China interromperam a produção “”em resposta aos requisitos de prevenção do Covid-19 dos governos locais”.

+ Contra restrições da Covid, EUA tiram funcionários do consulado de Xangai

A fabricante alemã de autopeças Bosch e a montadora Tesla estão entre outras empresas globais que tiveram que suspender as operações, pois os motoristas de caminhão que transportam peças são obrigados a mostrar resultados negativos de testes para a Covid-19 de no máximo 48 horas para entrar em cidades como Xangai.

Continua após a publicidade

Mesmo em alguns lugares sem casos relatados, as autoridades colocaram bloqueios nas estradas. O Conselho de Estado – gabinete da China – orientou às autoridades locais nesta semana para não obstruir as principais estradas, portos e aeroportos.

Os efeitos das medidas sanitárias levaram os economistas a revisar para baixo suas expectativas para a produção econômica da China este ano. Segundo o jornal americano The New York Times, um economista chegou a prever que a China poderia entrar em recessão nos próximos meses.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.