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China amplia em ritmo acelerado infraestrutura de produção de mísseis, revela investigação

Levantamento da CNN mostra que mais de 60% das instalações ligadas ao programa de mísseis do país foram ampliadas desde 2020

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 nov 2025, 17h23 - Publicado em 7 nov 2025, 17h00

A China está ampliando em ritmo acelerado sua infraestrutura de produção de mísseis, segundo uma investigação da emissora americana CNN divulgada nesta sexta-feira, 7, que se baseou em imagens de satélite, mapas e registros públicos. O levantamento mostra que mais de 60% das 136 instalações ligadas ao programa de mísseis chinês apresentaram sinais de expansão desde 2020.

Desde o início da década, o país vem transfigurando silenciosa e discretamente vastas áreas rurais, antes dominadas por fazendas e vilarejos, em complexos industriais voltados à produção de armas. A apuração identificou que fábricas, centros de pesquisa e bases da Força de Foguetes do Exército de Libertação Popular (PLARF, na sigla em inglês) — a unidade que controla o arsenal nuclear chinês — têm crescido em ritmo constante entre 2020 e 2025.

“A China está se posicionando como uma superpotência global e já corre uma maratona militar”, afirmou William Alberque, ex-diretor de controle de armas da Otan, à CNN.

As novas construções somam mais de 2 milhões de metros quadrados, com hangares, túneis subterrâneos e estruturas típicas de testes e montagem de mísseis. Em algumas imagens de satélite obtidas pela CNN, partes de foguetes podem ser vistas em pátios e pistas de teste.

O ritmo de crescimento chinês contrasta com desafios logísticos dos Estados Unidos, que enfrentam escassez de munições de alta precisão devido ao fornecimento de artefatos bélicos e financiamento para a Ucrânia e Israel em suas respectivas guerras. O movimento chinês é visto por analistas como um esforço de dissuasão estratégica, especialmente diante da possibilidade de conflito com Taiwan, território que Pequim reivindica como parte de seu território.

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Entre 2020 e 2025, o orçamento militar chinês cresceu cerca de 7% ao ano e atingiu US$ 245 bilhões (cerca R$ 1,37 trilhão) — embora especialistas acreditem que o valor real seja significativamente maior. Nota-se que a PLARF, a gestora das armas atômicas, recebeu prioridade na hierarquia de investimentos públicos.

De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), a China tem produzido cerca de 100 novas ogivas nucleares por ano desde 2023, totalizando aproximadamente 600 unidades ativas. Apesar do número ainda ficar bem abaixo do arsenal dos Estados Unidos e Rússia, o crescimento chinês é o mais rápido do mundo.

O novo aparato militar tem papel central na estratégia chinesa batizada “negação de acesso”, um escudo de mísseis destinado a manter as forças americanas afastadas do Estreito de Taiwan. “Eles estão se preparando para neutralizar qualquer tentativa de ajuda dos Estados Unidos à ilha”, explicou o analista Decker Eveleth, do centro de pesquisas sobre segurança CNA.

O avanço vem acompanhado de turbulências internas. Nos últimos dois anos, diversos generais ligados à força de mísseis foram afastados por corrupção, incluindo dois ex-ministros da Defesa. Apesar dos escândalos, a expansão segue em curso — reforçando a imagem de um país determinado a consolidar seu poderio militar, mesmo sob o risco de alimentar uma nova corrida armamentista global.

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