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Chegada de imigrantes ilegais nos EUA pelo México cai pela metade

Foram registradas cerca de 3.700 entradas ilícitas em maio, uma redução de 54% em relação aos 8 mil diários de dezembro

Por Da Redação
24 Maio 2024, 16h20

A entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos pela fronteira sul do país, com o México, caíram pela metade em maio em relação ao recorde histórico de dezembro, quando cerca de 250 mil pessoas foram pegas tentando entrar no país. A informação foi divulgada nesta quinta-feira 23, pela emissora americana CBS, com base em “dados internos do governo”.

A Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos estimou uma média de 3.700 entradas ilícitas nos primeiros 21 dias deste mês, uma redução de 54% em relação à 8 mil entradas diárias em dezembro de 2023. As estatísticas preliminares do Departamento de Segurança Interna americano indicam que este será o terceiro mês consecutivo de queda, após as baixas de março (137 mil) e abril (129 mil).

Acredita-se que maio vai fechar com entre 110 e 120 mil travessias ilegais. As apreensões da Patrulha de Fronteira não abrangem os imigrantes processados ​​nas passagens de entrada oficiais do país, nas quais foram admitidos 1.500 requerentes de asilo por dia, de acordo com o governo do presidente Joe Biden. Altos funcionários dos Estados Unidos, segundo a CBS, atribuem o freio às medidas restritivas implementadas pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, mais conhecido como AMLO.

Papel de AMLO

Em entrevista à emissora americana, o secretário de segurança interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, afirmou que o declínio está relacionado a uma “série de ações”, incluindo o fortalecimento da fiscalização na fronteira, o cerco contra contrabandistas, bem como a criação de “caminhos legais que permitem que as pessoas que se qualificam para receber ajuda cheguem aos Estados Unidos de forma segura, ordenada e legal”. No entanto, ele não citou AMLO.

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Já o investigador Ari Sawyer, da ONG Humas Rights Watch, vê como fundamental o papel do presidente mexicano na situação imigratória americana. Ao jornal britânico The Guardian, ainda no início deste ano, Sawyer disse que AMLO “tem estado muito disposto a negociar os direitos dos imigrantes e requerentes de asilo por capital político em Washington”.

A notícia da queda, com ou sem participação de AMLO, é bem recebida por Biden, que busca a reeleição nas eleições presidenciais marcadas para 5 de novembro. O democrata é alvo de críticas da ala linha-dura do Partido Republicano por supostamente facilitar a entrada de imigrantes irregulares. Espera-se que o ex-presidente americano Donald Trump, responsável por fechar a fronteira no seu mandato, utilize a questão contra o rival.

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