Chefe do combate à Covid nos EUA, Anthony Fauci anuncia aposentadoria
Médico ganhou proeminência mundial depois de posicionamento firme durante mandato de Donald Trump, que frequentemente dava informações falsas sobre vacinas
Principal conselheiro médico da Casa Branca e chefe do combate à Covid nos Estados Unidos durante o auge da pandemia, Anthony Fauci disse nesta segunda-feira, 18, que irá se aposentar até o fim do primeiro mandato do presidente americano, Joe Biden. Em entrevista à Reuters, ele disse que pode acontecer a qualquer momento até lá, mas ainda não sabe ao certo quando.
Em entrevista às Páginas Amarelas de VEJA em abril do ano passado, Fauci defendeu a importância da vacinação para o combate da pandemia e ressaltou que líderes mundiais, como o presidente Jair Bolsonaro, precisam ir além de só tomar a vacina, têm que fazer propaganda das vantagens da imunização.
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O médico de 81 anos ocupa o cargo de diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) desde 1984 e recentemente ganhou os holofotes sobretudo quando se opôs ao discurso negacionista de Donald Trump, então presidente.
A decisão de se aposentar em breve contrasta com uma entrevista em novembro do ano passado, quando disse que isso não era “nem mesmo remotamente contemplado”. Ainda assim, mesmo deixando o serviço governamental, Fauci disse que continuará trabalhando de alguma forma.
“Vou continuar trabalhando porque ainda tenho muita energia e paixão pela saúde pública e pela saúde pública global”, afirmou.
Além do sucesso com a campanha de vacinação contra a Covid-19 nos Estados Unidos, o infectologista de 81 anos foi fundamental para tirar o estigma sobre o HIV nos anos 80.