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Casa Branca defende o perdão presidencial de Biden para seu filho

Decisão contradiz declarações anteriores do governo americano de que o indulto a Hunter Biden não seria concedido

Por Da Redação 2 dez 2024, 16h06

A Casa Branca defendeu nesta segunda-feira, 2, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de conceder um perdão a seu filho, Hunter Biden. Ele foi condenado por sonegação de impostos e posse ilegal de arma, e enfrentaria neste mês audiências que definiriam sua sentença. Após meses de resistência pública, o líder americano finalmente interveio no caso, gerando um debate sobre interferência política no judiciário às vésperas de deixar o cargo. 

(Joe Biden) disse que tomou essa decisão neste fim de semana e lutou contra isso porque acredita no sistema de justiça, mas também porque acredita que a política crua contaminou o processo, levando a um erro judiciário”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a bordo do Air Force One durante uma viagem a Angola. Ela destacou que Hunter foi alvo de um “processo seletivo” devido ao sobrenome Biden, o que motivou o presidente a agir em relação ao indulto.

Hunter Biden admitiu culpa por fraude fiscal em setembro e foi condenado por posse ilegal de arma em junho. Embora pressionado pela oposição e pela mídia, Joe Biden havia reiterado até recentemente que não interferiria no caso. Em novembro, Jean-Pierre reforçou essa posição, afirmando categoricamente que a Casa Branca não considerava o perdão como uma possibilidade. “Essa pergunta já foi feita várias vezes. Nossa resposta é não”, afirmou na época.

A reviravolta, contudo, foi atribuída a uma percepção de injustiça no tratamento dado ao caso de Hunter. Ela evitou responder se a decisão foi discutida entre pai e filho, que passaram o feriado do Dia de Ação de Graças juntos.

A oposição já critica a medida como um abuso de poder e questiona a independência do Departamento de Justiça. O perdão, “completo e incondicional”, segundo nota do Executivo americano, não pode ser desfeito pelo presidente eleito Donald Trump, que toma posse como sucessor de Biden no final do mês de janeiro.

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