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Capital dos EUA entra com ação contra Trump para impedir ‘tomada hostil’ de força policial

Decisão da procuradora-geral Pam Bondi transferiu autoridade policial do distrito a um indicado pela Casa Branca

Por Flávio Monteiro
15 ago 2025, 16h19

O procurador-geral de Washington, Brian Schwalb, entrou com uma ordem de restrição de emergência nesta sexta-feira, 15, buscando impedir a tomada de controle “hostil” do departamento de polícia da capital dos Estados Unidos pelo governo do presidente Donald Trump. Para ele, a atual gestão está extrapolando seus limites legais com a ação.

“Ao declarar uma tomada hostil da Polícia Metropolitana, o governo está abusando de sua autoridade limitada e temporária sob a Lei de Regras Domésticas”, afirma o documento, encaminhado pelo procurador em resposta à nomeação de Terry Cole, chefe da Administração de Repressão às Drogas (DEA, na sigla em inglês), como responsável pelas forças policiais.

Na quinta-feira, 14, Cole foi nomeado pela secretária de Justiça dos EUA, Pam Bondi, como Comissário de Emergência. A ordem não deixou claro como a hierarquia das forças policiais do distrito deverá se organizar, só estabeleceu que os agentes locais devem se reportar ao indicado pela Casa Branca. A decisão foi imediatamente contestada por autoridades locais.

“Não há estatuto que transfira a autoridade pessoal do distrito a um funcionário federal”, respondeu a prefeita de Washington, Muriel Bowser, em publicação no X, antigo Twitter. 

O episódio acontece em meio à intervenção do governo Trump em Washington. Na segunda-feira, 11, o presidente declarou que a capital estava “fora de controle” e deveria ser resgatada “do crime, do derramamento de sangue, da confusão e da miséria”. Desde então, o mandatário mobilizou a Guarda Nacional para patrulhar as ruas da cidade, resultando na remoção de muitos sem-teto das ruas da cidade.

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A justificativa de Trump é contestada por dados da polícia local, que apontam uma queda de 7% na criminalidade geral em comparação a 2024, e uma redução expressiva de 26% nos crimes violentos. Confrontado com as estatísticas, o presidente acusou as autoridades de fornecerem “dados falsos” e disse que as informações estão sendo investigadas.

No total, mais de 200 prisões foram realizadas pelas forças federais ou pela Polícia Metropolitana durante a intervenção de Trump em Washington. Segundo a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, pelo menos 29 imigrantes ilegais foram “removidos” da cidade.

+ Manifestantes vão às ruas em D.C. contra forças de Trump após blitz e operação anti-sem-teto

A decisão de substituir o responsável pelas forças policiais da capital ocorre horas após um impasse entre Bondi e a chefe da Polícia Metropolitana, Pamela Smith. A comandante havia emitido uma ordem autorizando o compartilhamento de pessoas não detidas — como motoristas parados em blitz — com órgãos federais, incluindo o ICE, a agência de imigração americana.

Porém, devido ao “status” de Washington como uma cidade santuário — regiões que adotam limites na cooperação com o governo federal no que diz respeito a imigração –, a Polícia Metropolitana não iria fornecer dados pessoais de imigrantes sem documentação sob custódia, como local de detenção, data de soltura e fotografias. Isso teria desagradado Bondi e levado à substituição de Smith por Terry Cole, em um novo capítulo da crescente tensão do governo americano em testar os limites de sua autoridade no país durante sua cruzada anti-imigração.
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